Um dia de Atleticanismo em Manaus

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12/04/2012 - 05:59

andré bike Arlesson Sicsú 300x176 - Um dia de Atleticanismo em ManausNa terça-feira, ao comprar ingresso para o jogo do Atlético, encontrei poucas pessoas na bilheteria do Sesi. Pensei que seria um jogo vazio e esquecido, mas na quarta feira, logo de manhã, pude ver algumas pessoas com a camisa do GALO circulando pelo centro da cidade. Quando se aproximavam das 17 horas (horário local, 18 horas horário de Brasília) vesti minha camisa e peguei um taxi rumo ao estádio.

No caminho até o estádio, o taxista puxou conversa comigo e me perguntou se eu era mineiro e se morava aqui em Manaus. Respondi que não, estava na cidade a trabalho e iria aproveitar para ver o jogo, pois iria ser o primeiro jogo do GALO no ano que tive oportunidade de ir, já que fico no norte do país a maior parte do ano.

Aí ele começou a contar umas histórias que eu já sabia, mas achei interessante por ser um cara da cidade e saber histórias do futebol e do GALO, já que, geralmente, o pessoal de Manaus torce para times do Rio de Janeiro.

Fiquei surpreso quando ele começou a falar que em meados dos anos 70 o GALO tinha uma parceria com o Nacional de Manaus e que o alvinegro de Minas chegou a emprestar jogadores como Toninho Cerezo, Campos, Ângelo e Paulo Isidoro para o Nacional. O senhor até tinha mais histórias para contar, mas já estávamos próximo ao estádio e tivemos que encerrar a prosa.

Chegando ao estádio parei para fazer um lanche e me deparei com 4 malucos em um carro, chegando com o hino do GALO no volume máximo. Nesse momento deu até uma leve lembrança do clima em dias de jogos do GALO em Minas.

Intruso do jeito que sou, pensei – Vou lá colar com os caras. – Chegando perto, nem precisei me apresentar, já fui recebido com gritos de GAAAAAAAAAAAAAAAAALO, e começamos a fazer nossa pequena farra lá mesmo, enquanto chegavam outros atleticanos. Quando assustei, já eramos uns 20, então entramos para o estádio cantando.

Fiquei sem palavras ao ver algumas bandeiras da torcida ‘GALO Manaus’, algumas outras faixas. Materiais que ficam na maior parte do tempo guardadas, esperando o dia de encontrarem o Atlético.

Conversei com alguns torcedores antes da bola rolar e a maioria eram mineiros que se mudaram para Manaus na época da abertura da Zona Franca. Também conheci alguns que nasceram lá, mas torcem para o Glorioso. Até um cara com a camisa do ‘Mequinha’ vi no meio da torcida.

comemoração x penarol Arlesson Sicsú 300x188 - Um dia de Atleticanismo em ManausComeçou o jogo e antes mesmo de aquecer a garganta, Soutto abriu o placar.  O jogo estava na normalidade esperada, o time mandante com uma ou outra chance de perigo, mas o GALO era superior.  Pouco tempo depois do Penarol atacar com perigo, André ampliou o placar. Após o segundo gol, o time do Penarol abriu muitos espaços e se o Atlético colocasse o pé no acelerador faria uns 5 no primeiro tempo. Guilherme ajudou a se aproximar disso, marcando o terceiro. Classificação na mão, aí que o pé saiu do acelerador mesmo, e só voltou quando Berola deu assistência para André marcar o quarto.

A galera ainda comemorava o gol, quando Berola daria outra bola para André fazer uma pintura, de bicicleta, no ângulo e sem chances para o goleiro, que só foi na bola para sair no quadro, pois foi uma pintura.

Inclusive, após o apito final do juiz, alguns torcedores invadiram o campo e como eu estava próximo ao alambrado fiquei observando. Enquanto André dava entrevistas para a imprensa local, um cara ficou aguardando para tirar uma foto com André, até aí normal, mas o curioso é que este cara provavelmente estava torcendo para o Penarol, já que estava vestindo uma camisa do Flamengo.

Ao sair do estádio fui chamado pelos malucos que havia encontrado antes do jogo, ouvindo o hino no carro; após um lanche, ainda ganhei uma carona até o hotel.

No caminho do estádio até o hotel, uma trilha regrada a músicas do GALO em alto e bom som pelas ruas de Manaus. Do hino do Galo às músicas da Galo Rock Band, som que eles não conheciam e gostaram. O cartão de memória com os arquivos ficou como presente pra turma!

As ruas de Manaus jamais serão as mesmas, após serem contaminada pelo som do GALO e do Rock'n Roll.

Em uma noite, pude relembrar os jogos que viajava para ver o Atlético, reforçando a marca de ser pé quente, invicto em jogos fora de Minas.

GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALO!!!

Adelson Metal

Fotos: Arlesson Sicsú

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Adelson na Arena do Jacaré