A síndrome dos dois gols

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24/11/2016 - 01:14

O fato era que o dia conspirava a favor do Galo, um céu alvinegro tomou conta de BH durante todo o dia, e a Massa tomou as ruas fazendo de cada canto da cidade, uma extensão do que o Mineirão se tornaria durante o jogo. O inferno alvinegro completou bem o clima pré-jogo e colocou ainda mais fogo no duelo que logo mais aconteceria no Gigante da Pampulha, o entorno do Mineirão, de fato, já tinha virado o inferno.

Bola rola e a torcida vai junto ao time, mas nitidamente fica exposta a falta de organização da equipe atleticana, que se perdia quando o Grêmio tinha a posse de bola, e não se encontrava quando a posse era sua.

O Grêmio abriu o placar e no segundo tempo veio a ampliar, Victor fez milagres e Gabriel se impôs na zaga, Donizete lutou no meio e Pratto tentou, mas não deu. Dois gols separaram o Galo de um resultado melhor, o 3 a 1 figurou no placar do Mineirão ao fim do jogo.

Cazares se escondeu mais uma vez e faltou brilho a Robinho, consequentemente, a equipe não brilhou. Marcelo Oliveira, o verdadeiro burro, dizem as más línguas, porém sem sorte, desta feita não teve um talento individual livrando sua barra e terá que amargar uma dura semana junto as críticas que aparecem cada vez mais ao seu trabalho.

Uma coisa é certa, o Galo de Marcelo não joga em conjunto, o Galo de Marcelo luta, mas titubeia na hora de vencer a guerra. A dependência do brilho individual sobressai num elenco onde o grupo poderia ser o diferencial.

Um alento pra torcida é que o Galo encontra-se mais uma vez perante os famosos dois gols de diferença, a principal mudança é que o jogo será decidido fora, mas não tem nada perdido. Se fôssemos nomear como uma doença a necessidade de ter que reverter placares que o Galo gosta de se atribuir, “Síndrome dos dois gols” seria um bom nome. Que esse placar seja novamente revertido a nosso favor, essa massa sofrida merece. Vamos acreditar!

Foto: Miguel Saddi