Nascemos para a arquibancada

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10/07/2013 - 05:54

libertas moacir gaspar - Nascemos para a arquibancada

Foto: Moacir Gaspar

A natureza sabe o que faz. Eu não poderia entrar de chuteiras naquele gramado. Não haveria concentração quando cada música surgisse na arquibancada e nosso hino tomasse o espaço, talvez eu levantasse um argentino pela camisa até que o mesmo prometesse por suas futuras gerações que nunca mais pisaria em Minas Gerais.

Se a natureza não me fez frio como um goleiro capaz de defender um pênalti aos 48 do segundo tempo, é melhor que eu seja elétrico, estourando os tímpanos de qualquer rival que passar pela linha lateral, somente com o grito de GALOOO. Quisera eu ter sido eleito o melhor do mundo por duas vezes e ter uma falta na entrada da área para traçar o destino do Atlético. O futuro preferiu me colocar por cento e sete horas em uma estrada para defender a bandeira preto e branca em outro país; e ainda ter força para cantar o hino após a derrota para mostrar que a guerra não havia acabado.

Ficaria preso em centro de treinamento por dias, semanas, anos, para vestir essa camisa e lutar em campo até que meu corpo não aguentasse mais. O mundo não quis assim e a missão foi passar a noite ao lado de amigos com alguns foguetes na mão, garantindo que os gringos não dormiriam por um bom tempo. A natureza sabe o que faz. Um atleta não poderia ver o sol entrar pela sua janela mais um dia, sem dormir, pensando em cada cena daquele estádio. Um gol no início, um gol no último chute da partida, expulsão, bola na trave, algo que arranque aquela frase – Só acontece em jogo do Galo.

O futuro quis assim. Onze jogadores nos representando, enquanto você, eu e milhões de Atleticanos cantamos juntos, sem parar um segundo sequer. Superar limites, esse é o fenômeno da natureza Atleticana.

Fael Lima

ABRAÇO NAÇÃO!

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