O impossível veste preto e branco

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11/07/2013 - 18:58

a final é nossa gabriel castro - O impossível veste preto e branco

Foto: Gabriel Castro

Não digam que aquele apagão no Independência foi ação humana. Se foi, não me contem. Deixem todos crerem na influência daquela reza baixa antes do jogo ou nos novos tempos de Atlético, onde o impossível acontece a cada segundo. Do alto do estádio, o impossível abria um largo sorriso quando Tardelli, Ronaldinho e Jô tentavam o gol de todas as formas possíveis. Não era dia deles, o impossível pretende exorcizar os fantasmas de todos os envolvidos nessa Libertadores, por isso ele cegou Diego Mateo, que lançou Guilherme, que não chutou a bola, mas sim todo o passado conturbado no Galo. O time comemorava, a torcida explodia, enquanto o impossível buscava a bola no fundo do gol para mais emoções.

A fim de aprontar, o impossível estava impossível. Afrouxou a chuteira de Casco, colocou uma pedrinha na de Cruzado e deu início ao esperado show. No banco de reservas, Ligeirinho e Belmiro, funcionários Alvinegros há décadas, se olhavam e sentiam o clima diferente. Sabiam que o impossível estava por ali, mas dessa vez ele não estava no banco adversário, ajoelhava abraçado com os jogadores Atleticanos na hora do pênalti. Roberto Abras era outro com histórias para contar, por isso disse com firmeza no microfone da rádio Itatiaia – “Se não é sofrido, não é Galo”.

E o sofrimento faz o impossível sorrir. Ele pode contra todas as emoções, mas não resistiu à frase “Yes, we C.A.M.”. Para comprovar a submissão à nossa fé, esse personagem invisível colocou Maxí Rodriguez na última cobrança, afinal seria impossível o craque errar.

O resto vocês já sabem. Abraços e desabafos, choro e consolo, alívio pós-martírio, um prato cheio para aquele que dissemos agora a pouco que sorri diante do sofrimento. Porém, nem o impossível resistiu e se emocionou diante daquela Massa removendo mais um fardo pesado das costas. O povo se foi e as luzes se apagaram, talvez dessa vez realmente tenha sido uma ação humana. Talvez...

Fael Lima

ABRAÇO NAÇÃO!

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