ARTE: JOSÉ AUGUSTO
Elias Kalil, também conhecido como Imperador Maluco I, pai do Imperador Maluco II, sempre dizia que basta vestir o Manto Alvinegro, demonstrar respeito e vontade em campo para que todos os pecados do passado fossem esquecidos pela torcida do Atlético. Elias explicava para o filho corneta que a Massa abraçaria Chicão, desafeto da torcida em outros anos, agora contratado pelo clube.
Assim como o cornetinha Kalil, talvez o Atleticano Juarez não tenha gostado da contratação do Chicão na época. O Juarez só não imaginava que seu próprio filho um dia sairia de Teófilo Otoni para viver um roteiro parecido.
Certamente o nome de Fred, o filho do Juarez, não era unanimidade entre os Atleticanos. Não queriam vê-lo na Cidade do Galo nem pintado de ouro. Só que o cara decidiu não passar pelos portões do CT pintado de ouro. Vai vestido de preto e branco e é questão de tempo até os Atleticanos identificarem o DNA Alvinegro que corre nas veias do filho do Juarez.
Se a primeira página desse livro já está escrita, Fred tem caneta e papel nas mãos para escrever uma nova história a partir de agora. Dos quatro jogadores que cobraram as penalidades contra o Olimpia, três vestiram outras camisas em Minas, mas, assim como o Fred, não conquistaram nada em outros cantos de Belo Horizonte. Vieram para a Cidade do Galo, fizeram história e nem eles, nem a torcida se lembram de outras cores e outras camisas.
Independente da próxima página a ser escrita, o papai já está todo orgulhoso. Não, não é do Juarez que eu estou falando. Frederico Chaves Guedes vai ser pai e o destino quis que o filho chegasse ao mundo vestindo as cores do time do coração dele e do Juarez – o Clube Atlético Mineiro!