O Rio Alvinegro e o Mar da Esperança

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25/01/2017 - 12:50

FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Confesso que às vezes me encontro entre o céu e o inferno, entre o choro e o riso, entre a guerra e a paz. O atleticano quase sempre se perde em certezas incertas, em verdades secretas que desaguam num rio alvinegro, que por vezes sempre encontram o mar da esperança.

Relembrando tempos sombrios, mas não menos importantes, me encontrei na nostálgica certeza que o preto e branco, quando aliados, são capazes de fazer a água virar vinho. Aquele pão sem graça, que por vezes caía com a manteiga pra baixo, hoje insiste em flutuar antes de atingir qualquer pavimento que o possa danificar.

O Rio Alvinegro continua seu percurso por margens hoje mais limpas, após longínquos tempos em turbulentos caminhos. Atualmente a perspectiva desse Rio é de sempre estar mais além, sempre ao lado daquele pescador que mesmo nas horas más, manteve-se ao lado do Rio que lhe acalma, nas margens daquele que não mais dava peixes, mas lhe trazia uma paz incomum.

Hoje esse Rio já voltou a dar frutos, os peixes estão a aparecer, há vida por todos os cantos. Não há mais lutas internas contra obstáculos que o mesmo colocava. Há a luta por glórias, por chegar mais além, para que o desaguamento no Mar da Esperança seja próximo ao Mar das Alegrias.

Os tempos mudaram no Atlético e mais um ano começa. Esse Rio turbulento não mais existe, e a luta por glórias está a todo vapor. O Mar da Esperança é sempre um aliado, principalmente quando o Mar das Alegrias se encontra mais próximo. Portanto, sejamos os pescadores que mesmo no momento turbulento se mantiveram ao lado do Rio improdutivo, aqueles que buscarão as glórias, assim como choraram e jorraram sangue nos mares e rios traiçoeiros e, muitas vezes injustos, mas que nos tornaram resilientes para as reconstruções de novos botes de esperança.

Sejamos enfim, apenas fiéis pescadores!