Psicose Atleticana

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19/10/2016 - 22:13

FOTO: BRUNO CANTINI

Confesso que ainda não me acostumei e nem quero me acostumar, mas esse sofrimento característico de Galo traz-me uma sensação que nenhuma outra coisa consegue trazer. Idas entre o céu e o inferno se alternam, sentimentos de pura angústia e extrema felicidade se misturam e o Atlético faz da mais sonhada ficção, pura realidade.

Ainda drogado pela força do acreditar resolvi ligar o computador e externar por meio destas palavras esta loucura chamada Clube Atlético Mineiro. Perdido em meio a defesas de um Santo que segue anualmente reafirmando porque merece tal nomeação e que a cada batida da marca da cal, faz seu nome e deixa-o eternizado na história do glorioso Galo. Caxias nunca mais será a mesma, o Atlético esteve lá e junto a ele um Santo milagreiro, Victor não teve piedade dos Gaúchos.

Abençoado seja o Clube Atlético Mineiro, o Galo não pode deixar de cantar. Essa surrealidade atleticana não pode acabar, e essa fé ao acreditar e conseguir o sonhado objetivo há de continuar. Quero viver constantemente sob o efeito dessa droga da não desistência, quero viver uma eterna psicose atleticana, quero poder dizer a quem um dia duvidou que o Atlético é o surreal querendo tomar forma, cor e sentimento.

Ah, Atlético. Coloquei-me mais uma vez a ajoelhar mediante a um momento crucial de sua caminhada em um campeonato. Lembranças percorreram os 13 cantos da minha mente e se dissiparam junto a um choro que intensamente saiu mais uma vez, desta feita depois da segunda defesa de Victor que o deixou mais perto de selar sua permanência na competição. Um choro alvinegro, um choro de alívio, um choro do acreditar. Um choro que aqueles que são apenas torcedores nunca vão entender, mas um choro com o qual todo Atleticano há de se identificar.

O Galo é isso: é sofrimento, incerteza, contradição, é o surreal. O Galo é a paixão de milhões, é o vício do qual o atleticano não quer se ver livre jamais.