Que cumpadi chato

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16/04/2012 - 06:31

581522 367106796663725 100000932234006 1005250 455004030 n 300x225 - Que cumpadi chatoEscolhemos uma rua pacata de Juiz de Fora para descansar, já que havíamos saído cedo de Belo Horizonte. Na porta de um bar, bandeiras balançando, uns arriscando cantar partes do hino ou simplesmente soltar o grito de GALO, que desperta qualquer um. Talvez a turma da estrada não tenha perdido o sono, mas uma senhora apareceu na porta de sua casa e ficou olhando aquela movimentação de atleticanos. Quando nos aproximamos, suas primeiras frases, com muita dificuldade, foram – “Nunca saio de casa. Saí pra ver vocês. Sou Atleticana.” – Após aquela cena eu poderia pegar a estrada novamente, mesmo sem assistir à partida, pois já havia ganhado o dia. Com o dia na mão, fomos encontrar o estádio onde o Atlético enfrentaria o Tupi, quem sabe não ganhávamos também o mês, ou o ano? Quando o assunto é Galo, não duvido de nada!

Recebidos com um sol que parecia testar nossa resistência, imaginamos que a temperatura alta refletiria em um jogo quente. Porém, o sobrenatural mandou sua mensagem subliminar com uma nuvem começando a cobrir o estádio logo que o time atleticano entrou em campo. Queda na temperatura para simbolizar o jogo frio, congelante, que viria pela frente.

Daqui pra frente, ôceis discurpa, mas eu quero iscrevê assim, pois tenho orguio de ser mineiro, mermu com fama de caipira, senu chamadu de rocêru por um povo que sonha em ser do litorari, mas é brejeiro comu ninguém.

Ô povu bobu, uma terra maraviosa dessa aqui nas Mina’Gerais e eles trocendo pra timi de televisão. Merece apanhá com vara de marmelo. Tentaru provocá, mas nóis sabe que nunca foru em campo e tão aparecenu só pra ver o Atrético que chama o povu porque é trem dos bão mermu.

São iguali esse time do Tupi, finge que é cavaiero, inducadu, que aperta as mão pro resultadu não disagradá ninguém, dispois tenta ser veiaco, mas nunca consegue nada. Ê povo....

Passada a mensagem ao povo que nos direcionou algumas frases em Juiz de Fora, continuemos a falar sobre o jogo. Dizer que me surpreendo com um Galo apático é mentir. Com os atuais atletas, dirigentes e comissão técnica, eu me surpreendo é se ver coragem, luta e raça. Vontade vencer e deixar registro de goleadas memoráveis não faz mais parte da cartilha alvinegra. Sem dúvidas, o atual time não inspiraria Vicente Mota nos versos “Lutar, lutar, lutar...”. De tanto abaixar a cabeça para um time azul, absorveram a frouxidão típica de lá.

461455 367102736664131 100000932234006 1005234 591816935 o 300x225 - Que cumpadi chatoO compadre que apertou a mão de forma simbólica e ficou em seu campo, até tentou ser o “cumpadi” safado que rouba a mulher, aproveitando qualquer desatenção. A sorte é que o Tupi ainda depende de jogadores como Alan Taxista, que não tem um futebol do tamanho da sua língua.

Se o Atlético perdesse a liderança ele iria aprender? Claro que não! Nas coletivas, a culpa seria do juiz, da torcida, da cidade, do estádio, menos desse time covarde. Os Atleticanos do interior que podem assistir ao time a cada 2 anos em suas cidades, voltam para suas casas em clima de velório, cena que não lembra em nada a verdadeira Massa Atleticana.

Voltaremos em Juiz de Fora para a disputa da semi-final na próxima semana e espero que a senhora, citada no início, saia de casa para assistir um Galo diferente, o original, Forte e Vingador.

Fael Lima

ABRAÇO NAÇÃO!

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Para encerrar, uma foto especial. Força Jovem Atleticana, Galoucura e Dragões da F.A.O. reunidos no caminho de volta para Belo Horizonte.

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Fotos: André Luiz