Três peças por um ideal

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03/11/2011 - 16:45

Fosse eu, o técnico do Atlético, começaria a preleção do próximo jogo com a frase inscrita na antiga Taça da Vitória, entregue anualmente de 1903 a 1944 ao campeão alemão – "Vocês precisam ser 11 amigos se quiserem conquistar vitórias." Os jogadores têm anos vividos no futebol, dias e noites de concentração, treinaram durante toda a semana, estudaram o adversário de ponta a ponta. Porém, todas as equipes fazem essa mesma rotina, o que traz equilíbrio aos jogos. É preciso algo a mais.

Temos um técnico que fala a língua dos jogadores, atletas que vem demonstrando uma vontade enorme para conquistarem a vitória e uma torcida que esgota todos os ingressos para a partida em 3 horas. Basta acharmos o ponto de encaixe dessas peças para criarmos uma máquina impossível de ser derrubada.

Cito a Seleção Brasileira, campeã mundial em 1994, mas que até 1993 não havia conquistado a torcida do país. Um ano antes do mundial, entrariam em campo para maisuniao pela vitoria1 300x300 - Três peças por um ideal um jogo das Eliminatórias e talvez enfrentassem as vaias que se tornaram frequentes nos jogos anteriores. Até que saiu o primeiro jogador do vestiário e antes que fosse possível perceber quem era, saiu outro e outro, mas ninguém conseguia identificar, já que o detalhe estava nas mãos dadas de todo o grupo. O time formava uma corrente de mãos dadas até o centro do campo, o que causou um frisson nas arquibancadas. A partir dali todos sabiam que um elogio seria dividido para todo o time, assim como a crítica que caísse sobre um, mas todos os outros ajudariam a carregar o peso. E com esse pensamento, o que dividiram foi uma taça de Copa do Mundo. Essa seria uma forma de união entre os jogadores totalmente bem-vinda aqui.

Em outra ocasião, dessa vez em 2008, em um simples campeonato de juniores que o Atlético disputava, a partida não havia começado e os jogadores fizeram um círculo no centro do campo para a tradicional oração. Após o momento de fé, começaram a cantar aquilo que mais importava naquele momento – o Hino do Galo. Não havia público, não havia empresários, não havia ninguém para vê-los, mas eles queriam cantar o hino para entrarem em campo como atleticanos, assim a entrega seria maior e a vitória ficaria mais próxima. Pularam como crianças, fizeram barulho como gigantes e essa atitude fez com que conquistassem o maior dos troféus, o respeito pelo Clube Atlético Mineiro. Essa é a união com o Clube e mais uma peça encaixada.

6242214085 a52d6a3856 199x300 - Três peças por um idealMas nada disso funciona senão há a força da arquibancada. A união entre os jogadores e a vibração em vestir a camisa atleticana precisam de milhares de vozes para deixar qualquer adversário atordoado. Após a derrota para o Vasco, Bolívar, o representante do Atlético no programa Alterosa Esporte, pediu aos atleticanos que ainda confiavam na equipe, que assinassem uma camisa para ser repassada ao time. Começou a faltar espaço para tanta confiança e foi preciso dezenas de folhas para que mais assinaturas registrassem o apoio da Massa. No total, mais de 1.100 assinaturas só nas folhas, mais outras tantas no manto. Toda essa força da Massa será repassada ao time e bom seria se no momento do abraço coletivo da equipe, essas assinaturas estivessem no centro, pois não há energia mais positiva que o apoio de um atleticano apaixonado. Estaria ali, o décimo segundo jogador, digno de uma camisa imortalizada. A terceira peça para a máquina.

Então a frase citada no início do texto mudaria - "Vocês precisam ser milhões de amigos se quiserem conquistar vitórias.". União entre os jogadores, prazer em vestir a camisa alvinegra e uma torcida disposta a lutar até o fim por jogadores que honrarem o Clube Atlético Mineiro.

Não sei se esse é o segredo para a vitória, mas eu estou disposto a tentar. E vocês?

ABRAÇO NAÇÃO!

Fael Lima

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