VIROU ZONA

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06/02/2014 - 13:32

autuori saindo centim vicentim - VIROU ZONA

Foto: Centim Vicentim

Ninguém tem coragem de falar que pagou para assistir ao jogo entre Atlético e Tombense. O marido chegou em casa e quando a mulher questionou por onde ele andava até tão tarde, ele disse que estava na zona. Vai descrever noventa minutos de pura sacanagem na única zona onde ninguém cruza.

Ele prefere correr o risco, dormir no sofá, tomar uns tapas, que assumir os sessenta reais que pagou pelo ingresso. Não é mentira dizer que rolou sacanagem das grandes. A esposa terá o momento de fúria momentâneo, mas não deixará com que o homem saia de casa, pois PLANEJOU uma vida inteira. Se tomasse essa dura decisão, ela jamais pediria dica de novo marido para a vizinha por não ter bons nomes no mercado.

Hoje é dia do Atleticano recorrer aos antidepressivos que estavam guardados desde 2011. Claro que tivemos momentos ruins nesse intervalo, mas sempre com a esperança que em poucos dias tudo iria mudar, pelo time forte, firmeza nas palavras da diretoria e o conhecimento que Cuca tinha dos jogadores. Se o medicamento estiver vencido, vá ao médico e peça para dobrar a receita, pois a entrevista de Alexandre Kalil após a partida é desesperadora.

Voltei no tempo e revivi os dias de campeonato em Pingo D’água, cidade minúscula do interior de Minas, quando o Juping perdia e a gente indicava o sobrinho do açougueiro para o meio de campo.

Haja calmante! Aliás, por falar nos fármacos, a mansidão do Autuori passa a impressão que ele dobrou a receita. Técnico sem vibração na lateral do campo e um olhar vago, ou muda a postura ou muda de casa. O velho de guerra, Roberto Abras, da Itatiaia, com 430 anos de profissão, nunca ouviu tanto “dixcoordo de voicê” em uma só entrevista.

Difícil falar sobre treinador que não conheço, mas pelo jeito nem quem o contratou conhece. Sábado tem jogo e a Massa espera que os tempos de zona tenham ficado para trás.

Fael Lima

ABRAÇO NAÇÃO!

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