Diário do Torcedor – Éder, uma bomba com efeito eterno

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30/05/2012 - 09:29

fotocamisadoze1 - Diário do Torcedor -  Éder, uma bomba com efeito eternoVespasiano, 25 de maio de 1957. Nasce Éder Aleixo de Assis, filho de José Aleixo de Assis e Zilda Batista de Assis, uma criança que desde seus primeiros passos sonhava em ser jogador para defender as cores do Galo, seu time de coração. Tinha como ídolo, além de seu pai, que jogara como goleiro, o ponta-esquerda Buião, que era jogador Alvinegro.

Desde sempre, Éder pensava apenas em jogar futebol. Aos 14 anos, iniciou sua carreira no América, onde se destacava dos outros jogadores pela potência e qualidade de seu chute. Já como profissional, num jogo contra o Grêmio, Éder começou a ganhar fama de grande batedor de faltas e foi pedido por Telê Santana à direção gremista. Então, em 1977, Éder chegava ao Sul do país e começava a ganhar fama nacional. Foi o grande responsável pelas conquistas dos campeonatos gaúchos de 1977 e 1979 pelo Grêmio.

Éder era sonho de consumo de vários clubes brasileiros e estrangeiros, mas seu amor pelo Clube Atlético Mineiro facilitou sua vinda numa troca por Paulo Isidoro. Logo que chegou ao Galo, Éder deixou Reinaldo e Cerezo para trás, e foi apontado como o jogador mais querido da Massa Atleticana.

Em Belo Horizonte, Éder deixou de fumar e passou a frequentar os famosos bares da capital mineira, mas sempre com responsabilidade, pois mostrava em campo um belíssimo futebol, conquistando ainda mais a torcida Atleticana. No Galo, Éder fez parte de grandes esquadrões Alvinegros, formando grandes times com Reinaldo, Cerezo, Luizinho, João Leite e Nelinho. Com esses jogadores, o Galo se tornou hexacampeão mineiro, e Éder se tornou peça importante na Seleção Brasileira de Telê Santana.

encerramento do programa 300x200 - Diário do Torcedor -  Éder, uma bomba com efeito eternoÉder foi convocado para a Copa do Mundo de 82 (já havia sido convocado várias vezes por Telê Santana e participou das seleções de base do Brasil), onde marcou dois gols antológicos, que são frequentemente lembrados até hoje quando o assunto é Copa do Mundo. O Brasil perdeu a Copa para a Itália, mas Éder não voltou para Belo Horizonte com as mãos abanando. Ele trouxe consigo 3 mil cartas, telegramas e fitas de fãs apaixonadas que ficaram na Espanha.

Em 1983, o Hajmn, um clube do Emirados Árabes Unidos, fez uma proposta de 8 milhões de dólares por Éder, que foi recusada pelo então presidente Elias Kalil. Se aceita, seria a maior transação da história do futebol mundial, superando inclusive a venda de Maradona para o Barcelona. Outros clubes, como Milan, Roma, Barcelona, Sporting e Atlético de Madrid tentaram comprar Éder, que permaneceu no seu clube de coração.

Éder é, sem dúvidas, um dos maiores nomes da história do Galo. Jogou 368 jogos e marcou 122 gols, ocupando a 13ª posição no ranking de artilheiros do clube. É também, o 14º jogador com mais atuações com a camisa Alvinegra, superando nomes como Kafunga, Zé do Monte e Sérgio Araújo. Como um importante prêmio individual, Éder foi premiado com Bola de Prata da Revista Placar, no ano de 1983.

O jogador, conhecido como Bomba de Vespasiano, tinha um chute que era temido por qualquer goleiro ou qualquer jogador que formava a barreira à sua frente. Éder tinha uma incrível capacidade de colocar a bola com perfeição onde quisesse, combinando técnica e força, o que destruía qualquer arqueiro adversário que o tentasse parar. Para se ter uma ideia de como Éder era temido, foi apelidado, durante o mundial de 82, de Exocet, nome de um míssil que causou enorme destruição na Guerra das Malvinas.

Sua última passagem pelo Galo foi em 1995, onde conquistou o Campeonato Mineiro com 38 anos. Particularmente, Éder é o meu maior ídolo, e com certeza, é também o grande ídolo de vários Atleticanos. Essa foi uma pequena homenagem, ao grande Éder Aleixo, pelo seu aniversário de 55 anos.

Lucas Alves

@lucasalves32

Galo Digital

Fotos: Arquivo pessoal e Centro Atleticano de Memória

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