Não há dia mais aguardado pelo Atleticano no ano que o aniversário do Galo. É nosso ano novo! Uma celebração pela existência do clube que move nossos dias! Não teremos craques ou chuteiras em campo e não haverá taça quando regressarmos para casa, mas o dia 25 de março renova as energias e alimenta nossos sonhos como nenhum outro.

25 de março é dia de tomar as ruas e balançar a bandeira no trânsito enquanto o motorista ao lado aumenta o volume do som que toca o hino do mais lindo do mundo. Desavisados passarão pela calçada, sem entender o motivo de todo aquele foguetório, procurarão na tabela do campeonato por algum jogo marcado para aquele dia.

Enquanto isso, camisas listradas não pararão de chegar a todo o momento, todas indo em direção a um coreto em um parque no centro da cidade.

Da Praça Sete até o Barreiro, de Uberlândia a Teófilo Otoni, a alternância entre o samba rock do Molejão e o Pai Nosso Que Estais nos Céus se estenderá por toda a noite e não causará espanto, seja nas ruas do Horto ou na Catedral da Nossa Senhora da Boa Viagem.

Na Austrália, o dia 26 já se aproximará, mas um grupo de Alvinegros estará preso ao fuso horário brasileiro da Sede de Lourdes. Sinto inveja da torcida Galo Austrália por viver primeiro esse momento.   O Clube Atlético Mineiro de Tete nasceu em outra data, mas as palmas de parabéns acordarão Moçambique nas primeiras horas do dia 25.

O Clube Atlético Mineiro de Tete nasceu em outra data, mas as palmas de parabéns acordarão Moçambique nas primeiras horas do dia 25.
Mesmo nos anos de pouca colheita, lá estivemos nós, em dois ou três, reunidos em frente ao escudo, cantando o hino e agradecendo pela imensa família que a instituição venerada por milhões nos deu através da arquibancada.

Quando eu já não estiver por aqui, que essa família cante por mim sempre que o calendário marcar o dia 25 de março. Abençoado seja o Clube Atlético Mineiro! Vida longa ao Galo!

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