Ô Sr. Teclado, eu só desejo a velha massa do Galo

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18/07/2017 - 12:01

Oi Teclado deste nobre computador, tirei um tempinho para vir conversar contigo. Eu sempre sofri, mas nos últimos anos tenho sofrido e conquistado no final, posso estar mal acostumado, saberia me falar como devo proceder?

Eu tenho umas 40 camisas quase iguais no armário, sofro de uma doença que eu nem tomo remédio para combatê-la, pois é a melhor coisa da minha vida. Então, Sr. Teclado, eu estou precisando desabafar, talvez eu esteja esperando demais algumas coisas, mas fazer o que, meu negócio é acreditar.

Ô Sr. Teclado, sei que deve estar me achando um bobo, mas juro que não sou. Existem milhares igual a mim no mundo, e alguns ficaram muito exigentes, mas sabe o que eu queria? Eu só queria que todos voltassem a ser aquela coisa linda que se fortalece ainda mais nas dificuldades. Alguns se perderam em meio a conquistas e estão deixando a vaidade falar mais alto, alguns se esqueceram que em primeiro plano está o Atlético e os títulos só vem depois.

02 - Ô Sr. Teclado, eu só desejo a velha massa do Galo

Meu amigo Teclado, por vezes já vim conversar com você, desabafar sobre essa minha relação complicada e prazerosa. Gostava daquelas bandeiras tremulando sem ninguém reclamar, do povo gritando por horas “Galooo...” sem parar. Gostava de ver o adversário se amedrontar ao olhar para as arquibancadas, aquela demonstração de devoção ao Atlético de uma nação inteira me fazia mais feliz.

Hoje, Sr. Teclado, acabo me deparando em grande parte dos momentos com quem está na bancada sendo apático, com quem não canta, com quem não demonstra sequer um pouquinho de apoio, mas na hora de reclamar, é o primeiro a dar pitaco, a vaiar.

Quero aqueles que tiram a camisa e a rodam cantando o hino, aqueles que fazem de cada jogo uma guerra, e que fazem do gogó e do apoio as maiores armas. Aqueles que estão com o Galo no sangue e que literalmente estão dispostos a honrar o “uma vez até morrer” do hino.

Sr. Teclado, eu sou um atleticano que tem saudade de sua torcida, e que ainda tem esperanças que ela volte a ser quem era. Obrigado por me ouvir!