Por Leandro Pedrosa - Atleticano de três décadas, uma vez até morrer! 

De Marinho a Pratto, de Marcinho a Robinho, com todo o respeito que merecem aqueles que suaram sangue para reverter o pior quadro da história do Clube Atlético Mineiro, mas comparações serão sempre inevitáveis. Saímos do rótulo de torcida que tinha um time, para um time estruturado, com títulos e jogadores que tem como diferencial o peso das arquibancadas.

Quem enfrentava filas quilométricas nos diversos pontos de Belo Horizonte, para garantir sua entrada no antigo Mineirão no começo da temporada de 2006, não deixava de sonhar, mas a realidade estava bem longe de um time que está para ser tomados por sócios fiéis atraídos pelos ídolos atuais. Começou com Ronaldinho, o R49 trouxe novamente o time do Atlético aos noticiários como o clube que contrata jogadores de nome e que é capaz de sentar em uma mesa para negociar de igual para igual com os grandes do “Eixo”, sustentados pela mídia.

Gerido por um presidente apaixonado e por uma diretoria competente, foi capaz também de equacionar as até então infindáveis dívidas trabalhistas, ocasionadas pelas irresponsabilidades do passado. Um time que incomoda tanto, que chegou a ser perseguido até mesmo pelo alto escalão jurídico, para que não fosse reconhecido como um time livre de dívidas. E como tentaram impedir!

Dez anos se completarão agora em 2016, lágrimas de orgulho ferido, deram lugar ao “F5” para confirmar o registro no BID de jogadores que poderiam estar atuando em qualquer grande clube do mundo. Ouvi outro dia algo de encher os olhos, uma frase de Junior Urso, que fazia um paralelo entre a China que invade o mundo e leva jogadores ao país e enquanto isso jogadores saem do país em busca de jogar no, segundo ele, “o melhor time do Brasil na atualidade”.

Quão grande é o orgulho do Atleticano que pôde ver em 10 anos seu time campeão do continente, campeão nacional em cima do rival e na prateleira de cima do futebol com um time invejável. Os ateus podem não concordar, mas quem você acha que realizou o sonho do menino Robinho? Um vídeo que mostrara o “rei das pedaladas” jogando no Real Madrid, vestindo a camisa da seleção brasileira e almejando jogar no Galo com o Mineirão lotado pelos apaixonados torcedores alvinegros, tudo isso acontecia no fatídico ano de 2006, e então o encontro com o Galo acontece exatos 10 anos depois.

Brincadeiras a parte, nunca é demais pedir para manter os pés no chão, pois o caminho é sempre árduo e sofrido para quem escreve na alma o nome Clube Atlético Mineiro, mas se hoje estamos nesse patamar Galo é porque a Massa nunca deixou de acreditar.

Que dure para sempre essa relação da competência e qualidade dentro do campo e nas arquibancadas.

Salve Galo, salve verdadeiro “Time do Povo”, salve Clube Atlético Mineiro.