Galo em segundo plano (PARTE 2)

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29/08/2011 - 16:11

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A primeira parte, em que citamos esse caminho (reversível) para o qual a Massa caminha a passos largos, deixando o Galo em segundo plano, foi baseada em cima de fatos que milhões podem ver e comprovar a cada jogo, simplesmente ao comparar as cenas da torcida no passado e atualmente.  Porém, a segunda parcela não é tão fácil descrever, já que se baseia, na maior parte, em teorias e ações de terceiros que não são tão expostas na mídia, como as ações das torcidas.

Falo dos dirigentes que vivem nos bastidores do Atlético, que, assim como os torcedores, colocam vontades e grupos pessoais à frente do bem do Galo. Não falo do presidente Alexandre Kalil, pois esse é um peixe diante de um oceano gigante.

Situação e oposição no Atlético tornaram-se algo homogêneo, impossível diferenciar. Talvez o presidente esteja farto de toda essa situação, mas anunciou novamente essa reeleição durante a semana, simplesmente para que um balde de água fria caia sobre os poucos conselheiros que iniciavam um movimento para as eleições que acontecem no fim do ano. Diante de uma péssima sequência em campeonatos sul-americanos, nacionais e estaduais, o tal amor pela bandeira falaria mais alto se esse assumisse que tornou-se refém de um círculo vicioso. Se manter o atual time após a temporada, receberá críticas por insistir no erro. Caso dispense a maioria, iniciará novamente aquilo que tem marcado sua gestão – Contratações no atacado.

E o presidente não planeja como vai aproximar o torcedor do clube, não olha para trás e vê que errou ao dar carta branca para que Maluf coordenasse o Galo de ponta a ponta nos últimos meses. Kalil só não quer que a oposição assuma o Galo.

E que oposição é essa? Manfredo Palhares? Tsc... Tsc... Tsc... Muito se vê dele quando o Atlético está na pior, mas nunca aparece para aplaudir quando há algo de bom. Talvez nem conheça o significado da palavra “bom”, já que só ouvimos dele o que precisa mudar.

Há ainda os boatos de bastidores que chegam a apontar o deputado Marques como candidato, com o apoio de seu partido, que cuidaria da persuasão aos conselheiros. A tentativa alavancaria seus votos, o que é importante no país do coeficiente eleitoral. Falo tentativa, pois nada derruba o conselho pró-Kalil. Não há chance alguma, mas o espaço temporário nos jornais sobre as tentativas, um ano antes de eleições, faz conhaque de alcatrão se passar por catraca de canhão.

Perceberam como passamos pela pior fase da nossa história e a preocupação dos bastidores é baseada em ter o poder do Atlético, que a essa altura está abandonado (pela torcida e dirigentes)?

Todos sabem da capacidade dos funcionários do Kalil em atraírem investimentos e investir na estrutura do clube, trazendo um retorno futuro. Não é preciso lembrar da identidade de um ídolo como Marques com o Galo. Porém, ninguém percebe que se continuarmos com o Galo em segundo plano, não haverá nada para administrar e a cada geração os ídolos desaparecerão.

Sentir saudades de Paulo Cury é um absurdo que tem acontecido, e não é saudável desejar o que não é bom. Isso é o básico da vida.

O Atlético e o atleticano precisam sentir saudades do que ainda não existiu e esquecer o que deu errado. A divisão que atingiu a administração, a torcida e os jogadores pode alastrar-se e tomar um caminho que talvez não tenha volta.

Ou mudamos agora, ou não haverá nada para mudar amanhã. O atleticano que acorda pensando no Galo e encosta sua cabeça no travesseiro sonhando por dias melhores mostrará que realmente quer o bem para o clube e lutará por ele.

As torcidas organizadas querem integrantes? Que conquistem primeiros os atleticanos. Todos estão certos em planejarem as organizadas como empresa que se tornaram no atual século, mas que hajam com o profissionalismo de uma empresa. E, se realmente assumirem essa postura, não abandonem seus acionistas, como fez a presidência do Atlético.

Aos dirigentes, conselheiros e estrategistas, se conseguirem voltar no tempo e lembrarem dos tempos em que eram atleticanos de camisa alvinegra, e não de um belo terno, pensem o que os jovens achariam do atual Atlético e o que fariam para mudar.

E você, que lê essas palavras, comece esse movimento. Coloque o Atlético novamente em primeiro plano para que tenhamos essa instituição, que é a paixão de milhões de pessoas, para sempre.

O Galo ainda é um time de primeira, mas precisamos colocá-lo em primeiro lugar. O impossível sempre foi nosso maior rival e chegou a hora de vencê-lo mais uma vez. Vai pra cima dele Massa!

ABRAÇO NAÇÃO!

Fael Lima

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