GOLASÔ AO VIVO DE CONFINS (1:53)

ME CHAMA QUE EU VOU AO VIVO (8:19) 

Desde que Tardelli deixou o Atlético, todos nós ficamos com aquela sensação que a qualquer momento ele entraria novamente pela porta da Cidade do Galo, passamos a imaginar o dia em que o matador voltaria, diante de um aeroporto lotado. Quando esse dia chegou, alguns fatores me fizeram duvidar da torcida – “Dia de semana, horário de almoço, teremos umas quarenta pessoas por lá.” – Errei feio!

Cheguei duas horas antes e encontrei pessoas de Governador Valadares, Viçosa, Belo Horizonte, Sete Lagoas, Contagem, Betim, Neves, Ibirité, entre outras cidades, Atleticanos que foram até Confins para comprovar que realmente a metralhadora estava de volta. Na grade que separava a torcida do portão de embarque, uma senhora ignorava o tempo de espera e acompanhava os gritos de TAARRDELLLI GOL GOL. Uma mãe chegava correndo com um bebê devidamente caracterizado com a roupinha do Galo.

Um dos jogadores que mais admiro na história do Atlético é Ubaldo, e um dos netos do “Miquica” lutava com centenas de Alvinegros por um lugar na primeira fila do aeroporto. Ubaldo tem quase o dobro de gols com a camisa do clube, mas tenho certeza que o neto torcerá para que Tardelli o alcance o mais rápido possível.

Quando comecei com a brincadeira de levar presentes para alguns jogadores no aeroporto, procurei sempre associar o objeto de acordo com o perfil do atleta. No início, procurei converter Obina às terras mineiras com um pacote de pão de queijo, hoje, três anos depois, foi a vez de Diego Tardelli. Não tive dúvidas ao reunir alguns amigos e planejar uma chave de casa para ele, que rodou o mundo, mas nunca se esqueceu de casa. Quando consegui entregar o presente, ele pegou a chave, viu o escudo e o beijo foi espontâneo. Depois não vi mais nada, pois a grade do aeroporto quebrou e várias pessoas foram para o chão, inclusive esse blogueiro que aqui escreve. Enquanto a Massa passava correndo, vi pessoas gritando ao meu lado no chão como se a dor estivesse insuportável. Quando levantavam, não procuravam médicos ou qualquer tipo de atendimento, simplesmente continuavam andando na direção de Diego Tardelli, como se ele tivesse a cura.

E quem sabe a cura para a tristeza do título perdido não virá dos pés dele? Quem sabe a chave não ajudará a abrir defesas, como tantas vezes vimos? Com tantas interrogações, minha única certeza é que Tardelli passará com um sorriso no rosto pela porta de casa e quando encostar a cabeça no travesseiro, lembrará de cada momento vivido em Confins. A casa é sua, seja bem-vindo, Diego Tardelli Martins!

Fael Lima

ABRAÇO NAÇÃO!

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