Verdadeira Pele – Luís Eduardo

Por: Fael Lima
23/08/2012 - 00:45

Trocar camisa do Atlético com o padrasto. Ganhar uma relíquia usada pelo Galo em um jogo especial. Não vendê-la por preço algum. Esse é o Luís Eduardo, que nos mostra sua coleção no Verdadeira Pele. O Luís está em todos os jogos do Galo e impossível vê-lo sem estar usando o manto Alvinegro. E isso vale para casa, escola ou trabalho. O termo Verdadeira Pele se encaixa certinho para Atleticanos como o Luís Eduardo.

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Qual é a camisa preferida na coleção?

Luís: A do Taffarel, com certeza. Quando eu era pequeno foi o cara que me inspirou a torcer e me apaixonar mais pelo Atlético, talvez um dos maiores goleiros de todos os tempos, e quando tive a oportunidade de ter a camisa dele foi um sonho realizando.

Como conseguiu essa camisa?

Luís: Meu padrasto tinha o uniforme completo do Taffarel, fizemos negócio em uma camisa de 93 que eu tinha e eu fiquei com ela. Valeu à pena, não me arrependo.

Então são quase duas coleções em casa? Um não pega camisa do outro?

Luís: Separamos pra não dar confusão. Ele tem 55 camisas, outro louco, eu ainda não cheguei a tantas.

Qual camisa ele tem e você ainda a quer na sua coleção?

Luís: Número 1 de jogo de 87 e 91, número 2 de jogo de 89 e a do João Leite de 91.

Você tem uma relíquia desejada por qualquer colecionador. Qual a história dessa camisa da Seleção Mineira usada pelo Atlético?

Luís: Meu avô, então sargento, estava trabalhando no jogo em que o Atlético representou o estado como a Seleção Mineira. Após o jogo, alguns jogadores distribuíram as camisas entre as pessoas que estavam próximas ao campo. Graças a Deus meu avô pegou uma e guardou esses anos todos.

Você venderia essa camisa?

Luís: Jamais! Uma das condições para que meu avô me repassasse, foi a de nunca vendê-la. A história do Atlético não tem preço.

Os ingressos não são baratos e você está em todos os jogos. Como equilibrar o orçamento para comprar camisas também?

Luís: O orçamento aperta, tanto no sócio quanto pra quem tem que adquirir o ingresso todo jogo. Ainda mais com essa campanha histórica que o Galo está fazendo. Mas a gente faz um esforço, aperta o salário, economiza um pouco em casa, aí da pra sustentar as camisas e os jogos.

Camisas de torcidas você também coleciona?

Luís: Algumas sim, não é o foco, mas se está relacionado ao Atlético eu não dispenso.

As camisas de jogo você deixa guarda ou usa no dia a dia?

Luís: Guardo as que eu considero mais valiosas. Essas eu não uso. Nos jogos e no dia a dia uso as mais recentes.

Quando o Galo lança uma camisa retrô, ela é prioridade pra quem coleciona ou a preferência é comprar somente as camisas de jogo?

Luís: A retrô muitas vezes vem como consolo. A de 77, por exemplo, uma original da época hoje é quase impossível, e foi um ano histórico pro Galo. Não tenho preferência, cada camisa tem seu valor, retrô ou não.