Posso imaginar como estava a cidade com a chegada do alvinegro. Qualquer foguete ou um simples copo ao chão arrancava o grito de 'Galo' da Massa, que pôde matar a saudade do Atlético.
O Atlético chegou a Teófilo Otoni sem saber se enfrentaria o América de 2010 ou o de 2011. Fosse o de 2010, que vendeu caro um empate debaixo de um temporal, com direito a partida adiada, seria difícil dormir líder no domingo. Já o América de 2011 foi uma mãe, com direito a sete gols numa partida que só permitiu conhecer Obina, o salvador, homem de área e artilheiro. Ele não foi nada disso, mas nossa paixão, que nos cega, trouxe em alguns instantes essa falsa esperança.
Nem empate, nem goleada, o que vimos foi um jogo infartante até o fim. De goleiro a gandula segurando o placar, o Atlético precisou abandonar esquema tático e posições fixas.
O Mequinha saiu na frente do placar e matou um Galo que era melhor em campo. O cansaço do América no segundo tempo fez com que o Atleticano tivesse a certeza que o empate viria. E ele veio, com André!
O jogo poderia ter ficado fácil quando Escudero, o melhor em campo, sofreu pênalti. Mas quem diz que vida de atleticano é fácil? Não bastasse Richarlyson complicar nossa vida na zaga, no meio e na lateral, Cuca decidiu que ele complicaria nossos gols. Perdeu o pênalti e o rebote, e digo com certeza que, se dependesse da Massa, essa seria a tampa do caixão do jogador no Galo.
Vontade não faltou, mas em alguns momentos faltou qualidade. O famoso grito de "Eu quero é raça", poderia ser substituído por "Eu quero técnica" ou "Eu quero é sorte", já que a bola teimava em fazer o gandula (mala) trabalhar.
Entraram dois jogadores que ficaram devendo em 2011, Guilherme e Mancini, mas ambos correram até que o juiz apitasse o fim do jogo. E a vontade foi premiada quando Mancini marcou o gol da virada. Até mesmo os atleticanos que dizem estar frios com o time, comemoraram. Confessem!
O jogo deixa algumas certezas. Que a Massa é sensacional em qualquer canto do mundo. Que talvez tenhamos um time suficiente para ganhar o Mineiro e que se quisermos escrever páginas diferentes das últimas, no Brasileiro e Copa do Brasil, a hora de se reforçar é agora, aliás, já passou da hora. Acorda Presidente!
*Imagem: Internet
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
