Se o Galo pretende chegar a algum lugar nesse campeonato, não pode ir pelos caminhos normais. Se lutaremos pela honra da nossa bandeira até o fim, a loucura, típica do atleticano, precisa voltar.
Aquela torcida que faz o rival parar em frente à TV e confessar que no Brasil não há igual. O som que ecoa no estádio, dando vida nova ao jogador exausto, a fila que dobra o quarteirão e ganha a mídia nacional, fazendo o adversário tremer antes do confronto e calar-se durante a partida para ouvir o show da Massa; tudo isso precisa voltar
A loucura precisa ganhar os gramados. Sair com a cabeça enfaixada, sair com a camisa
rasgada, deixar que a lama tampe todo o calção. E que, ao fim do jogo, não haja ar nos pulmões sequer para a entrevista, mas que ainda digam a todos os microfones – Aqui é Galo!
Loucura é entrar na casa do adversário em pleno dia de festa e roubar a cena. Que do outro lado esteja um goleiro famoso, o papa ou até um membro da família, canalize a loucura e esqueça abraços e cumprimentos. São rivais, inimigos e devem ser ignorados até o apito final. Se vier a derrota, despreze-os até o próximo jogo. Muita purpurina cairá da arquibancada e muito oba-oba virá da imprensa, mas lembre-se que pó de arroz não faz parte da sua camisa alvinegra.
A loucura atleticana que converteu poetas, inspirou músicos, deu sentido a tantas vidas. O juízo sabe o que significa cantar "uma vez até morrer" e deixa temporariamente esses corações, para que essa doce loucura impere. Enquanto existir uma única pessoa que entenda o prazer de gritar pelas ruas de madrugada - "Galooooooooooo" - Essa loucura será eterna. Será a chama da esperança que nosso Galo viverá dias dourados, dias loucos, dias inesquecíveis.
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
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