No início de toda temporada, torcedores sempre criam listas de dispensa com nomes de jogadores que não querem ver em seu clube no ano que se inicia. E quando o ano anterior é ruim, como foi o do Galo, essas listas costumam ser extensas. Porém, sabemos que no futebol não é simples se desfazer de tantos jogadores e muitas vezes é necessário dar uma segunda chance a atletas desvalorizados.

O Camisa Doze preparou uma lista com 5 jogadores que foram muito criticados em 2017, mas que nesta temporada vão receber uma chance de inverter suas histórias com a camisa do Atlético.

Felipe Santana

Como foi em 2017?

Felipe Santana foi um dos jogadores mais criticados na última temporada. O zagueiro errou em momentos capitais, como no clássico contra o Cruzeiro pela Primeira Liga e nas derrotas para Atlético-PR e Chapecoense no Brasileirão.

Embora tenha feito também boas  partidas, o defensor teve um ano de muitas oscilações e em nenhum momento transmitiu total confiança ao torcedor atleticano.

Por que 2018 pode ser diferente?

Santana sofreu com muitas lesões em sua reta final no futebol europeu e foi justamente no primeiro semestre, início de sua readaptação ao futebol brasileiro, que ele fez seus piores jogos. Mais habituado a realidade do calendário brasileiro, Felipe pode ter uma segunda temporada mais equilibrada.

Outro motivo para acreditar em Santana é a experiência do jogador. Pela idade, a tendência é que Leonardo Silva seja cada vez menos frequente nos jogos. Felipe Santana pode assumir a responsabilidade de ser o xerife da zaga alvinegra, auxiliando os jovens Gabriel, Maidana, Bremer e Mancini.

Danilo

Como foi em 2017?

Danilo teve um bom início de 2017 pelo Galo. Fez gols no Campeonato Mineiro e chegou a ser citado por Roger Machado como um possível pilar da equipe naquela temporada. Mas o jogador não manteve o nível, pelo contrário, teve uma queda muito grande em seu rendimento e acabou emprestado à Ponte Preta.

Por que 2018 pode ser diferente?

Um dos fatores que contam a favor de Danilo é que em sua passagem pelo Galo ele atuou muito mais como meia pela esquerda do que como lateral, sua posição de origem. Jogando mais avançado, Danilo realmente fica devendo, principalmente na parte técnica. Mas como lateral, ainda que seja mais ofensivo, suas limitações podem atrapalhar menos, pois não se espera de um lateral o mesmo que se espera de um jogador de meio-campo.

O empréstimo para a Ponte Preta fez muito bem para Danilo. Ainda que a Macaca tenha sido rebaixada, o jogador conseguiu se destacar e ganhou o respeito da torcida. Pode ter ganhado a maturidade necessária para se tornar um jogador útil ao Galo.

Elias

Como foi em 2017?

É estranho ver Elias nessa lista. O meio-campista foi a principal contratação do Galo na última temporada e terminou o ano com 11 gols, marca expressiva para um volante. Mas quem acompanhou os jogos do Atlético em 2017 de forma integral, sabe que apesar dos gols, Elias não teve um bom desempenho.

O camisa 8 chegou a jogar bem na reta final do primeiro semestre, quando foi uma espécie de ponta pela direita. Apesar do bom nível, o próprio jogador pediu para voltar ao centro do meio de campo, onde se sente mais confortável. Mas ainda assim o volante teve uma segunda metade de ano fraca, longe daquele jogador dinâmico e participativo dos tempos de Corinthians e Flamengo.

Por que 2018 pode ser diferente?

Com as saídas de Fred e Robinho, Elias passa a ser um dos grandes líderes do elenco. Muitos jogadores rendem melhor quando a responsabilidade é maior, e mais do que nunca, o camisa 8 terá que comandar o meio de campo alvinegro.

Todos os jogadores são prejudicados pela falta de jogo coletivo, mas os meias sofrem ainda mais. Responsáveis por proteger a defesa e organizar o ataque, os jogadores de meio-campo precisam que tudo esteja muito bem treinado para desempenhar essas tarefas. Se o trabalho de Oswaldo ganhar a consistência que os projetos de 2017 não tiveram, Elias certamente será um dos jogadores a aumentar consideravelmente o nível de atuação.

Valdívia

Como foi em 2017?

A contratação de Valdívia foi muito bem recebida pelos torcedores do Atlético. Seu empréstimo foi disputado por equipes como o Corinthians, campeão nacional de 2017. Mas o meia-atacante não chegou nem perto de corresponder as expectativas.

Apesar de ter recebido muitas chances, inclusive sendo titular praticamente inquestionável com Oswaldo de Oliveira, Valdívia teve poucos momentos de bom nível. O jogador falhava principalmente na conclusão das jogadas, tentava muito, mas errava demais na definição dos lances.

Por que 2018 pode ser diferente?

Em 2017, Valdívia deu poucos indícios de que pode evoluir. Sendo assim, o desafio de se recuperar na carreira é o principal motivo para acreditar que ele possa se recuperar em 2018.

O jogador não atua bem desde 2015, ano em que mais se destacou pelo Internacional. Teve uma lesão grave que o tirou inclusive das Olimpíadas de 2016. Seu contrato de empréstimo com o Atlético vai até maio apenas, e ao menos até o momento não existem muitos times interessados. Valdívia precisa correr contra o tempo para renovar seu vínculo com o Galo, ou chamar atenção de um clube interessante para jogar no restante de 2018.

Carlos

Como foi em 2017?

Após um 2016 de muitas lesões e nível ruim em campo, Carlos não iniciou a temporada de 2017 no Galo. Formado nas categorias de base do Atlético, o atacante foi emprestado ao Internacional para a disputa da Série B.

Mas no Inter, Carlos voltou a oscilar entre campo e departamento médico. Quando jogou, esteve longe de agradar os torcedores colorados.

Por que 2018 pode ser diferente?

O principal motivo para se dar um voto de confiança a Carlos está em seu posicionamento tático. Por ser um jogador de vigor físico e ter boa recomposição defensiva, o atacante sempre foi escalado como atacante de lado pelos seus últimos treinadores.

Carlos pode estar pagando por erros de seus comandantes, pois seus melhores momentos são quando está dentro da área e perto do gol. Sem tanta habilidade e criatividade para jogar pelo lado, Carlos possui facilidade para desmarcar e bom posicionamento, fundamentos essenciais para um centro-avante.

O jovem vem treinando como o comandante do ataque atleticano. No esquema de Oswaldo de Oliveira que conta com um armador e dois atacantes pelo lado, Carlos vem sendo a referência, no centro do ataque, e assim deve iniciar a temporada diante do Boa, na próxima quinta-feira (18).

Agora é com o torcedor!

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