O Carlos já morou em Belo Horizonte, mas atualmente mora lá em Bom Sucesso, interiorzão dessas Minas Gerais. O cara tem camisa de time do mundo inteiro, mas como bom atleticano, as camisas do Galão têm um lugar especial em seu coração e servem também para matar a saudade pela distância do alvinegro. Vieram algumas surpresas e mesmo após se ver obrigado a vender várias camisas , ele segue firme na coleção.
Outros colecionadores me falaram sobre o Carlos e só então lembrei que ele já havia até enviado um recado no orkut, parabenizando o blog.
O bate-papo foi bacana demais. Confere aí, pois é "causo" e camisa que não acaba mais.
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Atualmente, quantas camisas do Galo você tem?
Atualmente, tenho 24 camisas do Galo, entre modelos de jogo, não necessariamente utilizados em jogos, camisas de treino e de goleiro. Era pra ter muito mais, umas 40 pelo menos, não fosse uma crise financeira que atravessei ano passado. Mas, aos poucos, vamos recuperando rsrs!
Costuma trocar ou vender algum manto?
Velho, já até troquei algumas, pois minha coleção não se restringe apenas ao Galo, mas as que eu troco eu tento recuperar rapidamente. Já ano passado, eu comprei uma casa aqui e o bicho começou a pegar, aí tive de me desfazer de muita camisa, mas todas, com muita dor no coração. Nós colecionadores, provavelmente a maioria, temos mais ciúme de camisa do que da própria mulher, mas foi uma situação que me fugiu um pouco do controle, então acabei tendo que vender muita coisa que eu não queria vender. Fazer o quê? Faz parte...
O uniforme 3 sempre vem com um modelo e cores diferentes. Como você faria uma terceira camisa?
Acho que um uniforme todo cinza, um cinza escuro, semelhante a um uniforme que o Ajax da Holanda utilizou em meados da década de 90, ficaria maravilhoso.
Qual material esportivo que você considera o melhor, entre os que já passaram pelo Galo?
Umbro, sem dúvida. De 2005 pra cá, depois que o Galo assinou com a Filon, a melhor camisa, na minha opinião, foi a de 2009, da Lotto. As da Diadora até ficaram legais em 2006, mas a qualidade da camisa em si, decaiu muito. Nas duas passagens da Umbro, de 1994 a 1996 e, de 2001 a 2004, ela pode não ter lançado os modelos mais bonitos, mas em matéria de qualidade, nossa mãe, pra mim ganha disparado.
Atleticano pode ter pelo menos uma do Estudiantes no meio da coleção?
Não só pode, como deve. A do Estudiantes também foi mais uma “vítima” da minha crise do ano passado, mas este ano consegui pegar outra. Claro, para não passar em branco, tenho também modelos do Borussia Dortmund e do Bayern de Munique na minha coleção rsrs. Falando sério, tenho essas camisas muito mais por serem modelos que me atraem do que propriamente pelas conquistas obtidas em cima do Cruzeiro.
Alguma das camisas está autografada?
Então, tinha uma de 2001, branca da Umbro, patrocínio Novo Marea, autografada pelo Marques. Fui assistir àquele antigo programa do Jaeci Carvalho, na TV Horizonte, o Marques participou e depois do programa atendeu todo mundo com a paciência e a educação que lhe são peculiares. Porém, a anta aqui não conservou a camisa em uma redoma de vidro e usou bastante, até o autógrafo sumir. Acabou que ela também tornou-se uma vítima da minha crise financeira de 2010 e foi parar lá na casa do Márcio Brito, outro colecionador que deu as caras aqui no blog recentemente rsrs.
Qual a maior loucura que você já fez pra conseguir uma camisa?
A minha mãe fala nisso até hoje. Em 1997, comprei a camisa branca da Tenda economizando dinheiro de restaurante. Custou 47 reais, um dinheirão pra época, mas hoje seria um valor irrisório. Meu pai me passava X por semana pra eu almoçar e aí, eu entrei no miojo, no misto quente e consegui comprar a camisa depois de um mês economizando. No final foi até bom pra mim, porque eu ficava mais tempo no cursinho estudando, esquecia da fome e acabei passando em dois vestibulares no final do ano.
Que dica você dá para o atleticano que pretende começar a coleção hoje?
Paciência. Quando a gente começa uma coleção, quer logo ir comprando tudo que aparece. O ideal é se informar sobre locais e vendedores confiáveis, bons de preço etc. A Internet facilita, porque abre muita informação, mas dificulta também, porque dá acesso a muito picareta. A gente leva uns tombos, toma umas cacetadas, mas aprende.
Batem na sua porta hoje e perguntam por quanto você vende toda a coleção. O que você responde?
Meu pai, olha só, meu pai, ex-colecionador, me fala isso direto. “Aproveita que você tem orkut e vende isto tudo que dá pra você comprar um monte de coisa útil”. Não digo que não venderia tudo nunca, mas não tenho esta intenção. Como já disse, trabalho muito, tenho família, responsabilidades etc, mas acho que tenho direito a um hobby que me distraia, claro, desde que administrado com responsabilidade. Tenho certeza que, se um dia resolver mudar de idéia e parar de colecionar, daria pra levantar uma grana razoável, eu acho. Mas, voltando à pergunta, se me perguntarem, eu falaria “500 mil reais você pode levar QUASE todas as camisas” hehe... quase, porque tem algumas que eu não vendo nem sob tortura!
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
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*Imagens: Arquivo do colecionador