A Verdadeira Pele – Cézar e Wagner

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11/01/2012 - 04:39

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O Verdadeira Pele de hoje será em dupla, com o pai Wagner Cunha, 59 anos, empresário, e o filho Cézar Vouguinha, 22 anos, estudante de jornalismo.


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A coleção conta com quantas camisas atualmente?

Wagner - Só de camisas do Atlético são cerca de 50, todas originais, entre camisas de jogo e treino! Desde 1994, é obrigação que se compre uma para cada um na temporada. Hoje em dia, com a facilidade de se adquirir, logo no lançamento já costumamos ir à Loja do Galo para escolhermos as mais bonitas.

Ela pertence a vocês dois ou tem anotado qual camisa pertence a cada um?

Cézar - Todas fazem parte da mesma coleção, mas pela diferença do tamanho cada uma tem seu responsável. Além do mais, sempre preferimos comprar modelos diferentes para não ficarmos com camisas iguais entre nós. Em 1999, com a boa campanha do Galo, acabamos comprando duas camisas de treino para cada um, e em 2010, com a grande repercussão da camisa rosa, também compramos duas. São as únicas repetidas entre elas. Temos também modelos iguais, mas com patrocinadores diferentes. 

cam5 277x300 - A Verdadeira Pele - Cézar e WagnerE se amanhã um dos dois desiste e resolve vender?

Wagner - Existe um acordo entre nós, que camisa do Atlético, desde o início da coleção, não sai! É questão de família mesmo. Na minha família existe apenas um sobrinho entre os 15 netos da minha mãe. Então as cores pretas e brancas vêm desde o berço. Apenas caso tenhamos uma camisa que não nos interesse muito, e seja repetida entre as que temos. As demais, cada uma tem uma história, um capítulo no Mineirão ou qualquer parte do Brasil. 

Mas já pintou alguma proposta?

Cézar - Já sim! Temos uma camisa verde de goleiro, da época do Velloso, que nunca foi comercializada, que dos colecionadores atleticanos que conheço, todos perguntam sobre ela. Até o número é pintado à frente, sendo uma característica única. Alguns também se interessam pela camisa, tamanho infantil, do Taffarel. Mas repito, são inegociáveis!

Como foi o início dessa coleção?

Wagner - Desde pequeno sempre dei de presente para o Cézar camisas do Glorioso. Em 1998, com a Copa do Mundo, ele resolveu comprar mais camisas além das do Atlético para colecionar. Então, o início foi basicamente de camisas do Galo com as que ele foi comprando e ganhando com o tempo. E sem perder o costume de ter as alvinegras, acaba que hoje ele tem cerca de 180 camisas de diversos clubes e seleções, mas a maioria delas é alvinegra, da qual faço parte da coleção.

Além das camisas tem cabide, local para guardá-las, tempo gasto pra consegui-las e organizá-las. Compensa tanto gasto e trabalho?

Cézar - No início ficavam em uma gaveta. Mas além da falta de espaço, todos os amigos e visitas queriam vê-las, e ficar pegando e mostrando era muito complicado. Em 2008 meu pai me deu de presente um armário planejado para a coleção, onde elas ficavam expostas. E como nesses três anos a coleção foi crescendo, acabamos de montar um novo, para 200 camisas! Espero que até o final do ano já tenhamos que buscar mais espaço! A coleção virou além de um hobby, uma paixão! Conto semanalmente as camisas, as organizo sempre. Então todo esforço é válido para mantê-las aqui.

cam1 300x217 - A Verdadeira Pele - Cézar e WagnerQue história é essa que tem um terno no meio da coleção?

Cézar - Esse terno os visitantes do Cam1sa Do2e devem lembrar. Era feriado do dia 8 de dezembro de 2009 quando um grande ídolo foi anunciado pelo Atlético: Vanderlei Luxemburgo. Acompanho o Luxa desde que me apaixonei pelo futebol e sempre fui fã das suas entrevistas e casos, além do grande profissional. Então vê-lo no Galo era um sonho antigo. Eu estava entre amigos quando tive a idéia de pegar o meu terno, gravar o nome dele, já que aquele era o seu uniforme em todos os times que passou. Ninguém acreditava que eu faria isso, mas na primeira partida pelo Campeonato Mineiro de 2010, fui até o Mineirão com o terno, gravata e foi um sucesso. Todos achavam engraçado! O resultado final foi longe do esperado, mas valeu a pena pelos bons casos e pela recordação, pois acredito que eu seja o único do Brasil com o “Terno do Luxa”.

Dá a impressão que antes as pessoas não se importavam em guardar as camisas do clube que amam. Já perderam muitas camisas por usarem até não ter mais como vesti-la ou doaram camisas do Galo sem pensar em colecionar?

Wagner - Várias! Sempre tive camisas do Galo, e se tivesse todas da minha vida, o armário que temos aqui seria pequeno. Mas acabei me desfazendo, e uma que lamento muito foi a que eu usei na final do Campeonato Brasileiro de 1971. Eu fui ao Maracanã ver o gol do Dario e aquela camisa seria o meu maior tesouro. Se não me engano a doei alguns anos depois. A primeira camisa do Cézar também demos a um menino de rua que sempre que passava em frente à nossa casa gritava Galo quando nos via.

Qual geração presenciou mais camisas bonitas, a do pai ou do filho?

Cézar - Nesse ponto temos uma divergência. Eu gosto de camisas diferentes, enquanto meu pai é totalmente tradicional. Para ele as mais antigas são sempre mais bonitas, já que mantém as listras grossas e respeitam mais os anos de glória do Galo. Eu já prefiro as novas, com desenhos diferentes, principalmente os terceiros uniformes. A de 95 e 98 anos, preta com detalhes branco e dourado são as minhas favoritas.

cam4 300x216 - A Verdadeira Pele - Cézar e WagnerQual a camisa mais antiga?
Wagner - A mais antiga, da época, é de 1994. As de antes, acabamos nos desfazendo. Mas temos algumas camisas retrôs e isso resgata um pouco as que não estão mais com a gente.

E tem alguma autografada?

Cézar - Não. Não somos adeptos a isso, até porque hoje os jogadores passam e apenas o clube fica. É literalmente como o autógrafo, basta lavar pra sair, mas o que fica é o distintivo, as cores e a história do Galo. Temos camisas de jogadores, recentemente uma do Ricardo Bueno e uma do Cláudio Leleu. Então é melhor mesmo fica apenas com o material né!? O autógrafo não vai fazer muita diferença... rs.

Eu sei que nessa parceria, o filho coleciona camisas de outros times. O pai aprova ou para ele só existem as do Galo?

Wagner - Eu só quero saber das do Galo! Ele pode colecionar e guardar várias, mas só divido com ele as do Atlético, e nada mais. Aprovo a coleção, dou opinião sobre as camisas que ele compra e tem várias que acho de bom gosto, de clubes e seleções européias. Mas no Brasil, só dá Galo! E em termos de beleza, não tenho duvida que as 50 mais bonitas são as do Glorioso!

Fica mais fácil quando o pai também gosta de colecionar as camisas? Afinal, sendo assim, ele não reclama dos gastos.

Cézar - Ah com certeza. Isso facilita um pouco! Minha mãe que irrita bastante quando vamos à Loja do Galo e voltamos com a fatura do cartão lá em cima. As camisas atualmente são muito caras e várias são lançadas, então sempre buscamos comprar mais e mais. Então ele me ajuda, compra uma pra ele e uma pra mim. Mas de vez em quando o bolso aperta, o Galo não colabora aí ele já corta a idéia de imediato quando pensamos em ir atrás delas.

ABRAÇO NAÇÃO!

Fael Lima

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