A Verdadeira Pele – Daniel Gomes

Por: Fael Lima
14/09/2011 - 18:40

O entrevistado de hoje no espaço do colecionador alvinegro é o atleticano Daniel Gomes.

Clique aqui e participe também da comunidade dos colecionadores

OwAAAOtSlpzeTltps4eQq5UI4nDVDini u2niteIehcSX1MUcSdD1jAkgwbCkQMOxkPD7ZY1pkPKgeHCHunJWh7qc1sAm1T1UKVUMj9Z7t1A Yxc2lEPVhJPZ5c0 300x225 - A Verdadeira Pele - Daniel Gomes

Você é atleticano de berço?

Daniel: Venho de uma família atleticana, a maioria torce pro GALO. Mas pra contrariar meu saudoso pai cruzeirense, nasci atleticano e morrerei amando cada dia mais esse clube e essa torcida apaixonada.

Quando começou a colecionar camisas do Atlético?

Daniel: Comecei a colecionar camisas do GALO quando ganhei a minha primeira camisa oficial do meu Pai, ano de 1998, da dupla inesquecível “Valdir e Marques”. Fiquei eufórico com a beleza da camisa oficial, pois nunca tinha visto uma camisa oficial de perto, desde então não consigo largar mais esse “vício”. Hehehe.

Quantas camisas você possui?

Daniel: Hoje possuo 183 camisas oficiais, posso dizer que 99% delas são camisas usadas em jogo ou preparadas pra jogo, não compro camisas vendidas em loja mais.

Pensou em desistir da coleção alguma vez?

Daniel: Pensei umas duas vezes. A mais recente delas ano passado, fiquei muito chateado com a situação do time no campeonato, fiquei muito desmotivado, mas outros amigos colecionadores como o Jacinto e Rafael Perez, amigos que tenho no ramo de coleção de camisas do GALO, me ajudaram a não desistir.

Qual modelo merece ser lembrado e qual deve ser esquecido para sempre?

Daniel: Gosto muito das camisas fabricadas pela Penalty, acho que são modelos que preservam as tradições da camisa do GALO, em particular gosto muito do modelo listrado do ano de 1998. Um modelo pra ser esquecido sem dúvidas é o de 2005, alias nem gosto de olhar pra essa camisa.

Você vende camisas do Atlético. Você escolheu algumas da coleção para vender ou são camisas repetidas?

Daniel: Muito difícil vender, aliás, impossível, pois só possuo um modelo de cada camisa, às vezes a camisa é igual, mas o patrocínio é diferente, então pra mim não e considerada repetida.

Com o dinheiro, dá pra manter a coleção ou é preciso colocar a mão no bolso?

Daniel: Depende muito da raridade da camisa, camisas recentes é mais tranquilo financeiramente de comprar, as usadas em poucos jogos, ou até mesmo em 1 jogo, são camisas mais caras, e as camisas usadas em jogos são mais caras que as camisas vendidas em loja. De vez em quando a gente faz umas “loucuras” pra comprar uma camisa que falta na coleção. hehehe

Falando em dinheiro, essa semana o Galo lançou o segundo modelo da camisa de treino. São duas camisas de treino, duas de jogo, comissão técnica, camisas de goleiro, entre outras. Você considera os preços acessíveis para que o torcedor compre toda a coleção da temporada?

Daniel: Apesar de o torcedor possuir vários modelos oficiais de camisas do GALO pra adquirir, o preço é um pouco fora da realidade das pessoas, a camisa oficial listrada do GALO hoje sai por R$ 179,90, preço muito alto pra uma pessoa, por exemplo, que recebe um salário mínimo comprar. Acho que o clube, juntamente com a Topper/Filon, deveria lançar outras camisas oficiais a um preço mais acessível ao torcedor com renda menor. Isso seria bom pro clube e para o torcedor, o clube iria diminuir o comercio de produtos piratas e o torcedor iria adquirir um produto de qualidade oficial e estaria ajudando o clube de coração.

Qual a maior loucura que você já fez pra conseguir uma camisa?

Daniel: Trocar uma paixão por outra. rsrs. Vender guitarra, amplificador e pedaleira pra adquirir uma camisa. Não pensei duas vezes pra fazer essa troca.

Abordar as pessoas no Mineirão pra tentar negociar uma camisa e passar madrugadas dando lance em leilões.

Já ganhou alguma camisa de algum jogador que você admirasse muito?

Daniel: Do próprio jogador já ganhei uma do Velloso, goleiro do GALO de 1999-2003. Goleiro que em minha opinião foi o melhor que vi jogar, superando ate mesmo o Taffarel.

Qual camisa você não tem, mas está à procura?

Daniel: Costumo dizer que um colecionador de camisas nunca acha sua coleção completa, sempre falta alguma camisa. Procuro algumas camisas sim, como a camisa do GALO da Penalty usada nas finais do mineiro de 1999 contra o América, com o patrocínio “31”. Mas qualquer camisa que seja usada em jogo, que não tenha em minha coleção eu compro.

Que dica você dá para o atleticano que pretende começar a coleção hoje?

Daniel: Bom, esse “hobby” de colecionar camisas não e muito barato, mas a dica que eu posso dar pra alguém que esta começando é que primeiramente ele deve ser um apaixonado pelo futebol ou pelo seu clube, como no meu caso, eu costumo dizer que não gosto de futebol, gosto do GALO. Então pra se ter uma coleção legal de camisas, às vezes tem que abrir “mão” de algumas coisas pra ter alguma camisa que falta na coleção.

Qual camisa é o “xodó” da coleção?

Daniel: Na verdade são duas camisas, ou podemos dizer que dentro dos gramados se tornava uma, pois o entrosamento do Marques e do Guilherme dentro de campo era fantástico. Os xodós são camisas do ano de 2000, uma utilizada pelo Guilherme em campo, no jogo contra Corinthians, pela Libertadores do ano, aliás ele fez um gol de pênalti no Dida com essa camisa, e ela foi usada apenas em 2 jogos com o patrocínio feito apenas pros jogos, e a outra, uma camisa usada pelo Marques na copa Mercosul do mesmo ano.