Análise: Galo joga bem e controla o Botafogo em triunfo no Rio

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20/08/2018 - 17:19

No Rio de Janeiro, o Galo enfrentou o seu maior algoz recente, e, para superar um tabu de 5 anos, Thiago Larghi escalou Cazares e Matheus Galdezani nos lugares de Tomás Andrade e Elias (supenso), respectivamente, em relação a escalação da rodada passada. O De Olho no Galo produziu para o blog Camisa Doze uma análise tática da vitória atleticana.

Dificuldades na saída de bola na primeira etapa

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Foto: Bruno Cantini (Atlético)

No primeiro tempo, o Atlético teve Nathan aberto pela esquerda, com liberdade para flutuar para a posição do "camisa 10", e Cazares ao seu lado por dentro. Novamente o time não abriu mão da sua característica possessiva, mas esbarrou na pressão alta exercida pelo Botafogo durante o primeiro tempo. Com a tentativa de criar na maioria das vezes pelo lado esquerdo, onde estava Cazares, o time errava passes nessa saída e encontrava dificuldades na falta de ritmo de Fábio Santos.

As melhores oportunidades criadas no primeiro tempo tiveram origem em transições ofensivas rápidas e em bolas longas diretas para o ataque, momentos em que Matheus Galdezani foi essencial acertando as 6 bolas longas tentadas ao longo da partida. Por ter o setor esquerdo pressionado, uma boa opção era a virada de jogo para Emerson, que dava amplitude pelo lado direito, e tinha o corredor aberto para avançar.

O Botafogo foi perigoso no primeiro tempo com os chutes na entrada da área atleticana, muito facilitado pela má atuação de Zé Wellison no primeiro tempo. Ele que não teve nenhuma ação defensiva e não ganhou nenhum duelo, deixando também a entrada da área sem marcação nessas oportunidades.

Controle e precisão para construir a vitória

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Foto: Bruno Cantini (Atlético)

Na volta pro segundo tempo, com Cazares e Nathan não conseguindo se entender pela esquerda, Larghi optou por Luan no lugar do camisa 23, invertendo Chará para o lado esquerdo. Como esperado, a queda física do Botafogo se acentuou na segunda etapa e, consequentemente, o time da casa não conseguia repetir a mesma intensidade na marcação, dando liberdade para o Galo trabalhar melhor a bola.

Após o gol de Luan, em uma boa jogada trabalhada pela direita, o Atlético controlou o jogo com a posse e travava a partida com faltas, deixando evidente a evolução da equipe em relação com a dificuldades em se manter a frente do placar que a equipe apresentava. A partir daí, com a equipe adversária desgastada fisicamente e precisando do gol, sobraram contra-ataques com espaço nos 15 minutos finais da partida, aproveitados pelo time mineiro que matou a partida com mais dois gols, de Cazares e Tomás Andrade, este último também vindo do banco. O placar poderia ter sido mais elástico se Ricardo Oliveira estivesse inspirado.

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Foto: Bruno Cantini (Atlético)

A partida foi importante para reafirmar o padrão de jogo que o time tem, independente do local da partida e das peças que entram, e para mostrar a força que o banco de reservas tem hoje, muito diferente do cenário pré Copa.

Vídeo: os detalhes táticos da vitória atleticana contra o Botafogo