Análise tática: Atlético 3 x 1 Santos

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14/08/2018 - 13:12

Diante dos fantasmas dos últimos resultados, o Galo não abriu mão do seu modelo de jogo, oscilou dentro da partida, mas venceu o Santos por 3 a 1, com uma boa atuação. Em parceria com o De Olho no Galo, o Camisa Doze produziu uma análise com os detalhes da partida disputada no último domingo (12), no Independência.

galo - Análise tática: Atlético 3 x 1 Santos

Após oscilação no primeiro tempo, Galo reagiu e venceu o duelo contra o Santos / Foto: Bruno Cantini (Atlético)

Com alterações no meio de campo, Thiago Larghi escalou um time mais ofensivo com as entradas de Nathan e Tomás Andrade nos lugares de Matheus Galdezani e Luan, respectivamente. Com isso, na teoria, o time teria uma melhor circulação da bola e tentaria controlar o jogo por meio da posse, em contrapartida, perderia em profundidade pelos flancos e em poder de marcação pelo meio.

Sob forte calor, o Atlético começou a partida impondo uma pressão alta, que logo aos oito minutos, rendeu um gol após uma indução da bola para lateral do campo de ataque, que resultou na roubada de Nathan e passe de Tomás Andrade para Elias marcar finalizando de fora da área. Interessante perceber na jogada do gol, que Elias e Nathan estavam alinhados, sem Elias estar mais preso ao lado de Zé Welison.

Dificuldades ao perder o controle da posse de bola

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Foto: Bruno Cantini (Atlético)

Após o gol, o Galo não teve eficiência na manutenção da posse de bola. Fora da sua características de jogo, e com Elias e Nathan que não tem uma boa recomposição defensiva, o time sofreu nessa fase da partida. No gol santista, percebe-se que Nathan e Elias estavam adiantados no campo de ataque, deixando Zé Welison sobrecarregado e com mais espaço do campo para cobrir. Sem a recomposição dos meias, o Santos atacou em igualdade númerica facilitando para que a individualidade de Rodrygo aparecesse.

Mudanças no meio para retomar o domínio do jogo

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Foto: Bruno Cantini (Atlético)

Na volta do segundo tempo, com a entrada de Cazares, ficou claro a intenção de Thiago Larghi em recuperar as rédeas da partida melhorando a qualidade da saída de bola, função que o equatoriano exerce muito bem. O que se cobra do camisa 10 alvinegro nessa função é uma maior chegada no último terço do campo, exatamente o que ele fez na jogada do segundo gol. Neste lance, Chará controlou o tempo e o espaço da jogada ao segurar e passar no momento exato que Cazares fazia a ultrapassagem.

Com o placar favorável, o desafio era o controle mental para que não baixasse o nível de concentração dos jogadores em campo. E em algumas ações isso ficou nítido, com mais de um jogador à frente da bola evitando cobranças rápidas ocorridas nos jogos anteriores.

Fatalmente os espaços apareceram para matar o jogo, e, em uma transição ofensiva rápida, Luan e Ricardo Oliveira aproveitaram muito bem a última oportunidade do jogo. Esses, afastando momentaneamente a pressão que vinha crescendo devido à falta de resultados, fecharam a boa vitória atleticana.

Vídeo: os detalhes táticos da vitória atleticana