O futebol é um palhaço. Deixou para fechar a tampa do caixão do Náutico no Dia de Finados em um local onde reina a lenda que ninguém sai vivo. O temido Horto.
Não importa se era o Barcelona ou o lanterna do campeonato, foi muito bom rever Tardelli comemorando um gol, Réver e Guilherme em campo, aquelas meninas bonitas do Galo na Veia e mais uma baderna de Fernandinho nas zagas adversárias.
Cuca sabe o que faz, por isso testou peças na hora certa. Só errou ao não poupar Victor em jogos assim. Nem precisava de substituto, o gol podia ficar abandonado como o setor destinado à torcida adversária. Saí cinco minutos mais cedo e encontrei um dos cinco torcedores do Náutico em frente ao portão dez. Tentei puxar assunto citando a falta que o time sente dos Aflitos ou do trabalho do técnico Gallo, mas o senhor só queria falar do Atlético. Se é pra cair, que seja diante do campeão da América.
Os cinco minutos que perdi quase me custaram um gol de Pierre. Perder de goleada e com gol do Pierre é como alguém deixar de jogar flores quando o caixão desce para urinar no pobre moribundo. Não era hora, por isso o gol do pitt-bull AINDA não aconteceu. Virá no momento certo.
O campeonato segue para planejarmos mais uma degola. Como um frio serial-killer, olho para a tabela e vejo o Fluminense, treinado por um amante do pôquer, como uma vítima perfeita.
Pena dos que caem no Horto? Tenho pena somente dos que não foram apoiar o Atlético no Independência. Meus pêsames.
ABRAÇO NAÇÃO!