Classificado, o Atlético rendeu um nível abaixo do esperado contra o Cerro Porteño. No entanto, isso não desclassifica o mérito do técnico Cuca ao classificar o time às oitavas de final. O mérito do treinador no jogo passado foi tamanho, o suficiente para passar à fase mata-mata. O clube mineiro, porém, ainda tem a decisão contra o América e uma partida contra o Remo pela Copa do Brasil.

Parte da torcida pede a cabeça do treinado por não conseguir escalar o time do antigo técnico, e incrementar sua filosofia de jogo. O técnico se mostra também expressivo na coletiva – negativamente –. Uma expressão de dor, talvez. Ressentimento. No entanto, o campeonato, injusto como é, também é traiçoeiro.

Mas há um ingrediente que transforma: o coletivo. Não é o melhor elenco quem ganha. É o melhor coletivo. Tentativas de tirar ao máximo dos jogadores enquanto estão adormecidos, dispersos em devidas situações – elemento este que historicamente o Atlético não entrega.

É, segundo uma frase atribuída ao Mário Sérgio Cortella, “fazer o seu melhor, na condição que você tem; enquanto não tem condições de fazer melhor ainda”. E há condições. Na era da informação, tudo ficou mais difícil. A torcida desunida; parte desmotivada; parte politizada e polarizada.

Mas atenção. O resultado não é preocupante. Preocupante é ser medíocre. A pessoa medíocre não sai do chão; não alça voos. É medíocre, apenas – que vem de médio –. Uma vez que toda unanimidade é burra; a polarização também é uma burrice. Resultado se está tendo; quem não enxerga, favor tratar-se. Torcedores, calma. A cobrança é exigida. Mas a guerra é finita. Se este texto lhe ajudar; ajudará a compreender a música “Oração do Tempo”.

Torça.

Aqui é Galo.