Um time de Massa, sinônimo de raça; uma torcida apaixonada, que o apoia até morrer; uma vitória dramática, suada, com gol nos instantes finais. Isso não aconteceu só uma vez. A repetição dessa história dramática ao longo do tempo inspirou poetas, escritores e compositores.

O saudoso escritor Roberto Drumond imortalizou a frase“Atleticano torce contra o vento”. Mas será que isso ainda é verdade? Todo Atleticano pode se vangloriar de ter esta qualidade?

Nos últimos dias tenho visto Atleticano jogar gasolina na fogueira dos inimigos, pedindo a saída do treinador e procurando bode expiatório no elenco. Será que não bastam os inimigos na imprensa chapa branca e camisa azul para nos atacar? Temos que enfrentar também inimigos internos?

Isso é torcer contra o vento? O que pensa um torcedor que age dessa maneira? Imagina que está contribuindo com a administração do Kalil e que o presidente não sabe administrar e precisa desses conselhos? Existe torcedor tão ingênuo que acredita que o treinador não esteja vendo os defeitos do time e que os comentaristas do rádio e da TV é que entendem de futebol?

Parece que alguns torcedores esqueceram o que é ser Atleticano. Nem comemoram as vitórias, preferem ficar brincando de comentarista, elegendo o pior em campo.

Para quem já não sabe torcer contra o vento, recomendo ouvir o hino, as músicas e reler as crônicas. Voltem para as bilheterias, para a arquibancada. Voltem a ser Atleticanos e juntos apoiaremos o Galo até morrer.

Lincoln Pinheiro Costa

Twitter.com/lincolnpinheiro

“Clube Atlético Mineiro, o Time de Minas”