O resultado de um jogo é resultado do trabalho de um time inteiro. Vai do técnico ao atacante, passando pelo zagueiro e poderia dizer até que os reservas entram nessa, uma vez que pertencem ao mesmo ambiente.
Mas como vou distribuir as críticas ao time do Galo de forma uniforme pelo jogo de ontem?
Poderia eu, comparar a vontade do garoto Eron com a de Diego Tardelli? Não! Comparar a vontade e a personalidade desse garoto de dezoito anos que estreou no Maracanã suando garra, mesmo que o nervosismo às vezes impedisse uma conclusão perfeita do lance, com a de um atacante de seleção, que mais parecia estar numa praia durante as férias seria crueldade.
Seria justo comparar a seriedade de Réver, Fábio Costa, Rafael Cruz e Rafael Jataí com Diego Souza que sorria, abraçava adversários durante o jogo e pouco produzia? O número 1 que ele carrega na camisa pode simbolizar a nota que ele merece pela atuação contra o Flamengo.
O Atlético completou cinco jogos sem marcar um gol sequer, jogando fora de casa. E nos últimos oito jogos foram quatro gols, alcançando a ridícula média de 0,5 gols por jogo.
O Galo pressionou o Flamengo no campo do adversário e isso sem contar com homens de frente. As poucas vezes que chegamos, precisamos de um Serginho que voltou a aparecer como elemento surpresa, mesmo com a insistência de Luxa em queimá-lo.
Lima, que saiu após um choque de cabeça, também foi muito bem enquanto esteve em campo, mas é Werley quem merece o destaque do jogo. Criticado em várias partidas (principalmente por mim), ontem ele foi perfeito, apesar de leve queda no rendimento quando passou a atuar pela esquerda. No fim do jogo ainda falou grosso e alto com os flamenguistas, impondo respeito como alguém que usa a faixa de capitão deveria fazer. Algo que não temos visto no Galo.
Sigo para Ipatinga para apoiar o Galo e lá eu apoiarei até mesmo os que não merecem. Após o jogo veremos quem foi digno de aplausos!
Antes de me despedir, deixo declarações do jogador Neto, sobre a Selegalo de 94. Qualquer semelhança é mera coincidência (será?)!
“Uma verdadeira Seleção estava se formando. Para se ter uma idéia, antes de mim tinham sido contratados o lateral Luís Carlos Winck, o zagueiro Adílson (hoje técnico do Corinthians), e os atacantes Renato Gaúcho e Gaúcho. Na apresentação oficial no CT mais de 5 mil torcedores. Não demorou muito para esse grupo ser batizado de “Selegalo”.
“Mas aquela equipe ficou sem foco. Não conseguiu formar uma identidade. Na verdade a pegada de boa parte daquele elenco, inclusive eu, era na noite de BH. E nós a “quebrávamos” com estilo. Minha nossa! Tinha cada mulher bonita.” (Neto, ex jogador)
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
Twitter Cam1sa Do2e
*Fotos de Bruno Cantini (Clube Atlético Mineiro) no Flickr oficial do Clube.