Mais uma derrota do Atlético, mais uma falha de goleiro, mais vacilos da defesa, mais um meio de campo sonolento no jogo. O Atlético sabe os caminhos que o levou à vice-lanterna do Campeonato Brasileiro, mas Luxemburgo continuou por essas trilhas, por insistência ou por uma cegueira que atingiu somente o treinador.
Se varia em uma ou duas posições na escalação, é possível prever as substituições do treinador, o tempo de jogo em que ocorrerão e o resultado que trarão em campo, porém, a maior teimosia de Luxemburgo ainda é com Fabiano, que hoje fez mais uma péssima partida.
Observei o jogador por alguns minutos, mesmo quando a bola estava na lateral oposta e é nítido a omissão do atleta. Em dois lances o Internacional criou conta ataques em bolas passadas para Fabiano, que estava disperso ou ignorou a jogada.

Outros dois jogadores que tiveram baixo rendimento na partida foram Jairo Campos, que falhou em lances fáceis, e Diego Tardelli, que resolveu acordar quando a partida já estava no fim, mas esse a torcida tem receio em cobrar atitude.
Bastou o Inter virar o jogo para vir aquela sequência de cenas conhecidas: Coloca o João Pedro para ele ficar perdido na direita, entra com o Ricardo Bueno que irá trombar em bola aéreas, cruzamento seguido de bolas próximo à área, à espera de um pé milagroso.
E cito essas cenas repetidas do segundo tempo, mas não deixo de foras as inúmeras bolas recuadas para o goleiro, que num gramado irregular, tende a falhar, a apatia dos volantes que deixam laterais sairem pelo meio sem bloqueio algum, até a entrada da área e a ausência de um capitão para conversar com o juiz que invertia faltas e não teve mesmo critério para as duas equipes.

Se houve alguma certeza no jogo de hoje, é que a titularidade na defesa é de Cáceres e que Diego Souza pode não estar com um condicionamento físico ideal, mas tem vontade e não tira pé de dividida alguma.
Apesar de se perder em algumas finalizações, o jovem Diego Macedo não teve medo em partir pra cima da defesa gaúcha e cobrar atitude dos companheiros.

A dica que deixo aos dirigentes, comissão técnica e jogadores é que assumam a culpa, prometam empenho e digam que corrigirão os erros, mas não peçam paciência à torcida atleticana.
Essa torcida deu um novo significado para a palavra paciência e por várias vezes tirou esperança de onde não havia. Façam o papel de vocês que nós, verdadeiros torcedores, sabemos como agir nesses momentos.