Após derrotar Botafogo e Chapecoense, o Atlético bateu o Cruzeiro por 3-1, no Independência e alcançou a terceira vitória seguida. Cazares e Fred, duas vezes, marcaram os gols do Galo. Thiago Neves descontou para o Cruzeiro. O triunfo levou o alvinegro aos 16 pontos e à sétima colocação na tabela do Campeonato Brasileiro. Se o Fluminense não perder para a Chapecoense nesta segunda, o Atlético cairá uma posição.

A despeito do excelente resultado final, o começo do Galo foi o pior possível. Logo aos três minutos, o capitão Leonardo Silva sentiu lesão muscular e deu lugar ao jovem Bremer. A situação ganhou contornos ainda mais dramáticos quando, dois minutos depois, Thiago Neves aproveitou uma pane da defesa atleticana e abriu o placar para o Cruzeiro. O time celeste continuou em cima, mas desperdiçou algumas oportunidades e não conseguiu ampliar o marcador. Mal na partida, o Atlético era sufocado pelas linhas adiantadas do Cruzeiro, que não deixavam a equipe de Roger Machado construir jogadas a partir das trocas de passe.

Roger Bernardo, antes muito próximo aos zagueiros, foi adiantado pelo técnico atleticano, que percebeu o buraco existente na faixa central do campo. A partir daí, o Galo conseguiu neutralizar Ariel Cabral, principal responsável por fazer o jogo cruzeirense fluir. Aos poucos, as chances foram surgindo: Fred cabeceou para fora na primeira, Yago mandou por cima na segunda e Cazares, em cobrança de falta, empatou o jogo na terceira. Empurrado pela torcida, o Atlético conseguiu a virada ainda no primeiro tempo, com Fred. O camisa 9 aproveitou uma grande jogada de Alex Silva e só empurrou a bola para o gol.

Na segunda etapa, o Atlético controlou o jogo e não sofreu grandes riscos. Apesar de avançar seu time com Ábila e Sassá, Mano Menezes viu o meio-campo adversário barrar a maioria das investidas azuis. Pelos lados, as costumeiras associações entre Ezequiel/Robinho e Diogo Barbosa/Alisson não surtiam efeito. Bastante aplicados na recomposição, Robinho e Elias auxiliaram com eficiência Fábio Santos e Alex Silva.

Nos contragolpes, o Galo levava perigo e tentava liquidar a fatura. O golpe fatal, porém, só veio aos 33’. Cazares, em cruzamento da direita, encontrou Fred, que cabeceou firme e deu números finais ao clássico. Ainda houve tempo para um apagão, que fez o jogo ser interrompido por mais de dez minutos.

Galo reativo no segundo tempo

Assim como na última quinta-feira, no segundo tempo, Roger Machado optou por recuar as linhas de sua equipe e apostar em transições ofensivas velozes e diretas. Vale ressaltar, porém, que no duelo contra o Botafogo, o Atlético atuou com um a menos por quase quarenta minutos.

Negando espaços ao adversário, o Galo até permitia que o adversário trabalhasse a bola no campo de ataque. Mesmo assim, o Cruzeiro não conseguia infiltrar na defesa adversária. A melhor chance foi em cobrança de falta, com Thiago Neves. Quando recuperava a posse do esférico, o Atlético tentava encaixar contra-ataques rápidos. Foi assim, inclusive, que saiu o segundo gol de Fred.

No momento defensivo, o Atlético esteve sempre alinhado em um 4-4-2. Na primeira linha, os quatro homens de defesa. À frente, além de Roger Bernardo e Yago, o Galo tinha Robinho e Elias abertos. Marcando o início das jogadas azuis, estavam Cazares e Fred. As entradas de Adílson e Rafael Moura nos lugares de Yago e Fred, respectivamente, não alteraram o panorama estabelecido.

Por: @ghpeixoto
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Fotos: Bruno Cantini / Atlético