O futebol apresentado pelo Atlético nessa quinta-feira não foi de encher os olhos, assim como o valor do ingresso não foi de encher os estádios.
O que faltou para o perfeito futebol foi o ritmo de jogo para alguns atletas, como Leandro, Serginho e Diego Souza (nos minutos em que esteve em campo) e entrosamento para outros no esquema 4-3-3 de Luxemburgo. Confesso que gostei muito e fiquei esperançoso com os frutos que colheremos desse trio Diego Tardelli, Neto Berola e Ricardo Bueno, fazendo um ciclo nas pontas que confundiam os zagueiros e os três ajudaram na marcação ainda no campo adversário, gerando uma pressão constante do ataque atleticano.
Ricardinho só precisou de 1m² (um metro quadrado) para criar um latifúndio com sua inteligência e habilidade em passes precisos. Se a idade já não ajuda muito, o campo com dimensões menores, veio a calhar pro maestro que agora tem algumas sombras no banco de reservas.
O que me deixou com a pulga atrás da orelha foram as laterais. Leandro e Diego Macedo erraram em lances fáceis no ataque e tomaram seguidas bolas nas costas quando o Galo deixou a equipe adversária crescer. Acho que uma sombra, como essas que Ricardinho ganhou, seriam importantes para a evolução dos laterais.
Sobre a defesa... Ai, meu pai.... A defesa do Galo... Jairo Campos foi perfeito no Campeonato Mineiro, foi regular nos primeiros jogos do Brasileiro e quase passou em branco hoje, assim como Werley. O que me preocupa é que apesar de Cáceres e Lima serem grandes jogadores, tenho a certeza que não serão a solução para essa defesa inconstante. Próximo tópico, por favor.
O gol? O goleiro? Misericórdia, o gol do adversário numa falha de Fábio Costa, que perdeu o tempo da bola, fez cair por terra dois mitos que eu defendia há anos.
1º) A cabeça de bode que traz azar está enterrada no gramado do Mineirão. (Não! Ela está disseminada em diversos campos de Minas Gerais, onde o Galo jogue, além de costelas de dragão, chifre de unicórnio e orelha de elfo.)
2º) Essa "maldição" que tem acompanhado os goleiros, cairá quando tivermos um grande nome debaixo das traves. (ERRADO! Ela cairá quando esquecermos que ela existe e não descontarmos os erros passados nos arqueiros que chegam agora, como Fábio Costa. A partir de hoje, não existe essa história de azar. Esqueçamos isso.)