Atlético e Tupi não foi só um jogo. Aquela sequência de emoções vivida na Arena do Galo, em Sete Lagoas, deveria tornar-se um álbum de figurinhas, desses que a gente leva pra vida inteira.

A viagem até o estádio, com carros, vans, ônibus e motos já daria ótimas cenas. A estrada se transforma num imenso bandeirão alvinegro e basta que um comece uma música num veículo para que em poucos minutos todos ao redor continuem. Quando cheguei na cidade, minhas mãos estavam lotadas de figurinhas. Tinha uma de um calor de quase 40º, uma de dezenas de amigos e famílias reunidas, de um Galo Doido em cima de um alambrado e de um time que entrava em campo pra incendiar a torcida.
Com a camisa 3 do Atlético, Rever, uma figurinha premiada, rara de se encontrar, um zagueiro que tem tudo para entrar para a história do clube. Na direita, Patric, uma figurinha que colei em cima da que estava por lá e que não pretendo mais tirar. No gol, a figurinha de número 30 é nova, mas essa eu tenho certeza que já faz parte da história desse álbum.

Um show de gols perdidos, vários escanteios e a torcida começou a pular de um lado pro outro, embaralhando todos os meus cards. Quando consegui juntar todos novamente, gol do Tupi e lá se foram todos para o chão novamente. Nesse instante, tive a impressão que a temperatura e o calor dobraram, então só um (caro) copo d'água me faria voltar ao álbum no segundo tempo.

Quando começou o segundo tempo, Mancini e Neto Berola entraram e a história do jogo começou a mudar. Apesar de Mancini ter esquecido todas as figurinhas no banco e ter acrescentado pouco à coleção, Neto Berola entrou e com um minuto em campo resolveu colar a primeira figurinha de gol. O atacante estava inspirado e entre outras imagens de dribles e assistências, mais uma figurinha de gol. Foram dois do atacante que teve seu nome ecoado no estádio.

Quem não conseguiu bater figurinha foi Richarlyson que bateu foi no jogador adversário e foi expulso, ficando fora do clássico do próximo fim de semana. Sorte que os nossos irmãos mineiro/cariocas já estavam desorganizados demais para uma reação.
Quem não invejou a coleção de Berola foi Magno Alves, mostrando que não há idade para ser um colecionador de gols. O Magnata abençoado balançou a rede duas vezes e foi a figurinha do jogo.
Acabou o jogo e um carnaval formou-se na frente do estádio. A Charanga tocava enquanto a Massa adiantava o carnaval de 2011. Movimento 105, Pomponetes, Charanga, Galoucura, entre outras torcidas trocando figurinhas na forma dos versos do hino.
O álbum ficou quase completo, faltando agora somente a imagem da taça para finalizar esse álbum.

ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
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*Fotos de Bruno Cantini no Flickr Oficial do Clube