Hoje deixo vocês na compania de Araceli Souza. Viajei no fim de semana, e o fim de mundo não tinha sequer um radinho para que eu soubesse da tragédia. Como notícia ruim corre mais rápido que jamaicano dopado, tomei conhecimento do placar antes do evento, o que me fez desabafar no uísque.
Poupo vocês da descrição da noite e passo a bola para a minha amiga linda, inteligente, elegante e atleticana, Araceli.
Mesmo cercado por uma multidão o Galo parecia perdido.
Invisíveis seriam os pedidos dos torcedores? Inaceitável acreditar em mudanças?
No Atlético alguns jogos parecem superar a ficção. E há alguns minutos do final do jogo sofremos pênalti: quem pode desliga a tv, outros saem do Couto Pereira sem olhar pra trás. Os esperançosos sacodem até mesmo o radinho mas deixam de ouvi-lo.
Ganhar O jogo - esse hábito não me parece extravagante.
É Galo, entre nós há um mundo grande demais para se compreender.
O meu mundo ainda é preto e branco, ainda espero pelo último jogo. Fazer o que?
Araceli Souza
*Visitem o site do Movimento 105