Já se passaram alguns meses desde a última notícia sobre o Galo. Não há informações sobre os torcedores, sobre dirigentes, jogadores, não há jogos e já não se vê nada nas ruas que lembre o Atlético, causando uma transformação na vida das pessoas.
Som de despertador para indicar que mais um dia está por começar. Não há porque deixar o travesseiro, afinal num curto intervalo de tempo, ele receberá novamente esse corpo, que agora, sem o Atlético, funciona como uma máquina no piloto automático.
O espírito congelado, mesmo no auge do verão, sem a emoção que o move, sem seus principais combustíveis de paixão e sonho. Pouco importa o dia da semana, se no final dela não haverá aquela ansiedade gostosa, se essa brisa não me traz as canções daquele estádio.
Agora são paredes mortas, frias, cheia de histórias, mas que prefiro não olhar, já que meu coração ainda sofre processo de cicatrização pela ausência desse Alvinegro Mineiro.
Meus móveis desfalecidos sem os objetos, donos daquelas duas cores, e no guarda-roupas, a comprovação de um mundo colorido que já não me tira o ar, na mágica da dúvida em escolher a camisa do dia. Pessoas como zumbis olham para frente e andam a passos largos na calçada, sem brincadeiras com a senhora na janela, testemunha de boa parte da centenária história atleticana, sem aquele grito de Galo, capaz de balançar quarteirões, sem aquele sorriso num simples esbarrão entre defensores da mesma bandeira.
E as próximas gerações? Não haverá mais aquela contagem regressiva dos pais, a fim de escutar dos pequenos que mal engatinham, uma palavra ligada ao Clube Atlético Mineiro. Não existirão testemunhas que comprovem como brilhou tantos gênios que aqui passaram.
Dia após dia, os atleticanos que restam, desaparecem sem explicação alguma.... Impossível! Para onde foram tantos malucos apaixonados, se nenhuma galáxia os caberia?
Seria perseguição religiosa pela forma que todos amavam esse escudo? Seitas que não permitiriam que milhões organizassem de forma tão perfeita as coreografias, pensamentos e cânticos?
Os versos que prometiam imortalidade à essa bandeira não estavam certos, mesmo sendo cantado de forma tão apaixonante e pura?
Em clima de guerra, fecho as cortinas do quarto, e sozinho, abro minha coleção de livros, fotos, camisas, bandeiras e demais objetos alvinegros sobre a cama.... Vento, raio, tremor de terra e ... BUM!
Dia após dia, os atleticanos que restam, desaparecem sem explicação alguma.... Impossível! Para onde foram tantos malucos apaixonados, se nenhuma galáxia os caberia?
Seria perseguição religiosa pela forma que todos amavam esse escudo? Seitas que não permitiriam que milhões organizassem de forma tão perfeita as coreografias, pensamentos e cânticos?
Os versos que prometiam imortalidade à essa bandeira não estavam certos, mesmo sendo cantado de forma tão apaixonante e pura?
Em clima de guerra, fecho as cortinas do quarto, e sozinho, abro minha coleção de livros, fotos, camisas, bandeiras e demais objetos alvinegros sobre a cama.... Vento, raio, tremor de terra e ... BUM!
(CONTINUA AMANHÃ)
Saiba o que aconteceu com o mundo quando não houve o Alvinegro.
ABRAÇO NAÇÃO!
