Batalha do Paraguai – Sai GALO DOIDO entra Galo Sonso
Por: Roberto Marques
20/04/2017 - 10:56
A Guerra no Paraguai - Sai GALO Doido e entra o GALO Sonso
Começamos a noite esperançosos de ver uma nova estrutura monolítica, o Atlético voltar a ser GALO.
Desejosos de ver a sintonia fina do grupo liderado por Roger, utilizando-se das estratégias da "Arte da Guerra".
Porém, ao ler a escalação antecipamos sentimentos de que a noite seria de tomar omeprazol. Roger além de não conseguir a coesão necessária, escala Danilo e "puxa" Robinho para o meio. No gramado a chuva favorece um futebol de proteção e de força, talvez com mais guardiões da retaguarda, Roger não entende assim.
Obviamente, em disputas tão ferrenhas, os movimentos não podem ser feitos por impulso, é preciso conhecer a Geografia, retirar o inimigo da posição de conforto e dificultar a chegada de suprimentos.
Pois é, a entrada do Danilo não ajudou e tomamos um gol por não marcar por pressão, deixando o adversário avançar sobre nossa meta sem um combate. Fomos golpeados no primeiro gol por não saber nossas deficiências e o que fazer para remediar.
Além disso, não finalizávamos e não tínhamos nem mesmo a "bendita" posse de bola.
Sabe-se, que em meados do século XIX, o Brasil se juntou com Argentina e Uruguai e impôs a força do seu exército. Depois disso, o Paraguai que queria expandir seu território e anexar áreas como o Rio Grande do Sul, parte da Argentina e principalmente do Uruguai, definhou e atrasou seu desenvolvimento, vivendo basicamente do setor primário, com tardio "desarrollo" da indústria.
Neste período Solano López, através do sonho expansionista de criar o "Grande Paraguai", investiu em indústrias bélicas e fomentou o alistamento militar. Contudo, a tríplice Aliança(Brasil, Uruguai e Paraguai) destruiu o país e estes reflexos fazem do país vizinho dos mais atrasados da América do Sul.O país tem pouco menos de 7 milhões de habitantes, o exército atleticano com 8 milhões numa batalha teria mais combatentes que o povo Guarani.
O segundo tempo começou com He-Man em campo, o Atlético tenta, porém é pouco efetivo. Aos 18 minutos Fred sai para a entrada de Maicosuel, a ideia de carregar bola no gramado chuvoso permite inferir que a tentativa do treinador era mais de desespero do que de consciência tática qualquer.
Aos 26 minutos, Otero sai para Cazares tentar criar algo que possa dar condições de empatar a partida através da luta incessante de dois personagens, Elias e Rafael Moura, porém, não houve êxito.
A insatisfação da torcida com Roger é a mesma de imaginar o Galo Doido entrar em campo dando cambalhotas carregando um ursinho de pelúcia, ou seja, não dá!
Todos querem o sucesso do Roger, mas o questionamento maior é sobre a descaracterização do Clube que está sem identidade, ideologia e postura de combate.
Hoje, os tempos mudaram. O Libertad, adversário do Atlético, foi criado questionando o partido nacionalista Colorado, legenda que, por paradoxo, tem o presidente do país Horacio Cartes, e que é também mandatário do clube.
Nesta confusão ideológica, o Galo busca confiança, e deseja sedimentar uma filosofia de trabalho para o técnico Roger Machado. O esquema do "Galo Sonso" busca o entendimento dos seus comandados para se tornar o GALO LETAL.
A torcida reconhece que algumas peças estão acomodadas e precisam melhorar seu desempenho.
Contudo, o comandante precisa "ganhar o vestiário" antes que a barca do Galo Sonso derrube mais um!
É hora de escalar sem ego, extirpar quem atrapalha e chamar a torcida para a caminhada!
Ainda não perdemos nada !
Fomos vencidos na batalha do Paraguai, os alertas estão aí, chega de "muamba" !
Vamos para a próxima, e se não for o Galo Doido, que não seja o Galo Sonso!