Além da morte, só uma certeza eu tenho nessa vida: Belo Horizonte vai virar mar. A Lagoa da Pampulha largará o título de lagoa para se tornar uma bela praia, com belo-horizontinos sorridentes de um lado para o outro com suas roupas de banho. A Avenida Cristiano Machado será uma das maiores costas litorâneas da cidade, com barraquinhas por toda sua extensão. Isso vai acontecer, é certeza! Ou com o choro dos rivais, ou com um milagre alvinegro, BH já se prepara para o litoral.

Belo Horizonte já começou a se tornar uma das maiores cidades litorâneas do país nesse sábado, depois da vitória Atleticana no clássico. As praias se formaram pelos mais diferentes motivos: era time reserva, era o camarote ao lado de uma torcida organizada, era a expulsão... Toda lágrima que escorria nos rostos azuis formava uma nova concentração de água que, aliada com pequenos terremotos, geravam ondas que limpavam a alma da Massa.

O rival reclamou em nota da recepção alvinegra, relatando uma hostilidade por parte do Galo. Só esqueceu de mencionar todos os problemas causados na final do último Campeonato Mineiro, quando até mesmo um parente de um diretor azul empurrou Luan no meio das escadas do Mineirão. Oras, a vida tem dessas. Tudo que você faz um dia volta para você.

Mas voltando ao mar, o outro meio de Belo Horizonte se tornar um mar é com o milagre alvinegro. O milagre será guiado pela artilharia de Roger Guedes, o pastoreio de Ricardo Oliveira e a mente brilhante de Thiago Larghi, que cria verdadeiros testes de fé para o torcedor. Seria ele o novo Messias? Será Larghi capaz de guiar o Atlético rumo a um título ainda improvável, gerando lágrimas de alegrias à Massa?

São muitas perguntas, mas só uma certeza: BH vai virar mar. Ah, se vai!