Se você não voltasse, teríamos somente a lembrança de alguém que caiu para a segunda divisão. Se você não voltasse, eu diria aos meus filhos que você apareceu na hora errada.
Você voltou, dando um salto, do ano do pesadelo ao ano dos sonhos, trazendo em sua bagagem uma esperança como a que tem essa torcida que hoje, te carregou nos ombros.
Eu vi você gritar, com todas as letras, e sem sotaque algum: "GALO!". E tive a certeza, você voltou, pois tem nosso DNA.
Você não gritou por estar impressionado com toda aquela gente balançando o carro, ou a festejar sua volta; você simplesmente gritou por ser um torcedor que esteve longe, e agora volta para matar a saudade dessa camisa.
Você foi um filho que saiu, mas viu que a felicidade estaria à sua espera em Minas Gerais. Cáceres, você é um dos poucos que confiamos a chave da nossa casa, e dizemos, volte quando quiser.
Continue a gritar, Galo, dentro dos gramados, pois esse idioma é facilmente compreendido por seus companheiros. Esse grito significa raça, siginifica vontade, e é isso que queremos.
Essa estrela de xerife que brilha em seu peito, eu lhe entreguei sabendo que farás com que se transforme em brilho de estrela campeã. Foi um presente, como um pai, ao receber o filho que esteve sumido durante muitos anos.
Lhe entreguei essa estrela como pai, como irmão, como família, dessa genética alvinegra que se orgulha em tê-lo de volta.
Seja bem-vindo Júlio César Cáceres.