Iniciei o ano de 2000eGalo com uma campanha no Twitter (@LincolnPinheiro) pelo aumento da natalidade entre Atleticanos. Quem acompanha minha linha de raciocínio em meus escritos sabe que vejo o futebol como fenômeno social, político e econômico.
Esta campanha, portanto, deve ser entendida como uma estratégia de geopolítica. Qualquer nação que aspire a ser uma potência econômica necessita de uma grande população. Os principados, irrelevantes em termos populacionais, jamais podem aspirar à grandeza de uma Potência.
No futebol não é diferente.
O Atlético se fortaleceu economicamente no passado recente – embora a força econômica não tenha sido acompanhada de força política – mas precisamos olhar para o futuro. A conquista da hegemonia e a disputa das competições internacionais em condições de igualdade requerem mais que uma boa gestão e um bom time.
O aumento populacional da nossa Nação é indispensável para a consolidação de um projeto hegemônico e sem retrocessos. Maior quantidade de torcedores em termos absolutos significa mais vendas de produtos licenciados; mais venda de ingressos; maior poder de barganha da diretoria na discussão de contratos de patrocínios.
Embora inexistam pesquisas confiáveis, a observação da realidade permite-nos concluir que estamos aumentando a nossa participação relativa no mercado futebolístico. Explico: à medida que diminui o interesse pelo futebol nas novas gerações – mais interessadas em brinquedos eletrônicos – nosso ‘market share’ aumenta, pois sendo os Atleticanos mais fanáticos, seus filhos seguem a paixão dos pais com aderência maior que torcedores de outros clubes.
Não sou muito entusiasta do aumento da torcida por conversão, ou seja, pela chegada de torcedores de outros times que se convertem ao Atleticanismo em virtude de uma boa fase ou de um ídolo. Esses costumam virar as costas no primeiro obstáculo.
Por outro lado, aqueles que já nascem aprendendo a amar o GALO tendem a ser mais fiéis, pois recebem uma educação baseada no amor e não no interesse. Daí a importância geopolítica do aumento da natalidade entre Atleticanos.
Alguns alegam o alto custo de vida para não terem filhos. Quem compra carro novo, usa roupa de grife e viaja para o exterior não pode dar essa desculpa. Filho não é mais dispendioso que gastos supérfluos e nos proporciona a verdadeira felicidade.
Portanto, amigo (a) Atleticano (a), ao invés de ficar cornetando, vá fazer um (a) filho (a).
Lincoln Pinheiro Costa
Twitter.com/lincolnpinheiro
“Clube Atlético Mineiro, o Time de Minas”