Campeonato Mineiro |’Brota’ no Mineirão…

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08/03/2020 - 16:14

Galo consegue reabilitação para a segunda fase, após vencer Cruzeiro com dois gols de placa.

O placar de 2 a 1 não só foi satisfatório como gratificante para a equipe do Galo frente ao time que caiu. Embora com falta de criatividade no setor de criação o alvinegro controlou o primeiro tempo, tomando o lema do mosaico como tema: “Vou festejar o teu sofrer” – além de, como diria Beth Carvalho, “o teu penar”. O mar em preto e branco fez a festa e teve até helicóptero com a letra B para engrandecer o cântico.

O desespero celeste veio logo aos 30 minutos do primeiro tempo, quando a criação de jogadas não era efetiva pelo meio e pelos lados, mas sim nas bolas paradas que o Atlético demonstrou há pouco tempo ser uma arma crucial para o adversário quando Igor Rabello e Gabriel jogam juntos. Mas não foi qualquer gol que saiu dos pés do zagueiro alvinegro, foi o gol, encobrindo Fábio e balançando as redes da galera na maior euforia.

Como há muito não se via um time ativo em campo, o Galo (no primeiro tempo) tomou conta do seu terreno. O Gigante da Pampulha era somente alvinegro. O time cadenciava até achar espaço, porém a transição está longe de acontecer enquanto Allan e Jair não chegarem a um consenso de quem será o primeiro volante e Nathan, que jogou como um meia, não tem as devidas qualidades embora busque fazer o seu melhor. O destaque do jogo foi também o Savarino. Liso como sabonete, desmontava as linhas celestes para obter espaço ao contragolpe atleticano.

O destaque do jogo foi também o Savarino. Liso como sabonete, desmontava as linhas celestes para obter espaço ao contragolpe atleticano.

O Galo foi com o 1 a 0 para o vestiário e lampejos aconteceram. Parecia ter dormido frente ao clássico. O Cruzeiro desde o princípio estava começando a procurar mais o gol, sufocando o mandante. Na entrada de Thiago em sua primeira oportunidade na bola o menino guardou no fundo das redes de Victor. Após o gol tomado, contudo, Jaime teve que fazer suas dignas alterações. A saída de Savarino não foi das melhores (para entrar Cazares e pouco se criou); Marquinhos e Tardelli pouco conduziram o jogo.

Mas havia um pequeno grande detalhe: Otero com sua gama de vencer e seu pé bem calibrado após uma cobrança de falta que resultou em gol este ano, contra o Unión arriscava de média e longa distância. Foi a primeira tentativa tramada pela equipe do Galo com o trio que o menino viu livre a passagem do “grande Romulo” e ele, como bom escorpião, destilou seu veneno. A bola morreu no ângulo aos 47’ da etapa final. Favorito, entretanto, o galo passou sufoco, mas ganhou o clássico.

53 mil não foram à toa

53 mil pessoas não foram à toa para o Mineirão. Foram prestigiar o primeiro clássico da maior rivalidade mineira com todo direito, embora com certa ‘intervenção policial’. Nada que a priori desse resultado negativo a ambos os times já que a provocação tentava ser a mais sadia possível. Sadio também saiu o torcedor alvinegro.