Choque de cenários

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10/06/2018 - 11:44

O Galo talvez seja o único time que consegue mudar seu cenário em minutos. A falta de planejamento mostra(va) um sentimento de tragédia anunciada para 2018, sem técnico definido, com baixo poder de investimentos e um elenco montado a base de barriga de aluguel. Mas bastou uma vitória e uma contratação para que tudo mudasse.

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Atlético e Fluminense travaram marcantes duelos nos últimos anos. Em 2012, gol de Léo Silva nos instantes finais deu a vitória ao Galo. (Bruno Cantini / Atlético)

Os pontos perdidos para Flamengo e Chape, em casa, deixavam duas visões, que mais parecia briga partidária: a extrema pessimista e a isenta realista. Para quem, desde o início, comprou o discurso de austeridade, se conformava com uns pontos aqui e outros acolá para planejar 2019. Por outro lado, a esperança de títulos sempre independe de elenco ou qualquer outra questão que não a fé, e estes acabaram quase largando o osso.

Juntando os pedaços de um planejamento praticamente inexistente, Sette Câmara afirmou o objetivo de colocar a equipe no G3 até a parada para a Copa. Mas a situação é muito difícil por apenas um motivo: o Galo depende apenas dele mesmo para conseguir isso. São dois jogos em casa, com Fluminense e Ceará. Em caso de duas vitórias, promessa cumprida.

E hoje é o penúltimo desses passos a serem fechados. Mais do que o modelo de jogo implantado pelo Larghi, a hora é de ser resultadista, ao menos nessa última semana de jogos. A evolução não precisa ser provada nestes dois jogos, e sim, aperfeiçoada para o período pós Copa do Mundo.

Uma vitória hoje é mais do que fundamental para o time adquirir confiança para o campeonato. Por se tratar de duas equipes em situações bem semelhantes no que tange finanças e objetivos, podemos dizer que trata-se de um adversário direto nas pretensões moderadas. Voos mais altos, por mais que venham a ser surpresas, só serão possíveis com o tempo e prosseguimento do trabalho.

Vamos, Galo!