Quando o Galo passou por um período sem títulos, os rivais diziam que o hábito de lotar estádio em jogos da base, comemorar aniversário do clube, entre outras atitudes da Massa, era simplesmente o reflexo da ausência de taças.
Vieram os títulos e nada mudou. BH parou no dia 25 de março com carreata e trio elétrico e o povo Alvinegro cantou na mesma intensidade com Ronaldinho em campo ou na final da Copa do Brasil Sub-17. Essa torcida ainda guarda uma essência diferente de tudo no futebol.
A velha cena se repetiu na final da Taça BH. Fila, cambistas, famílias inteiras subindo as ruas do Horto com bandeiras e o hino na ponta da língua. Se a camisa é listrada com preto e branco, então é Atlético, não a importa a idade de quem está com a chuteira no pé. Segunda, na escola, a criançada contará aos amigos que esteve no Independência e que um Galo Doido, muito doido, entrou em campo debaixo de muito barulho da arquibancada. Quem nunca repetiu na sala de aula a música que ouviu no jogo só para mostrar que é um “frequentador assíduo” de estádio?
Até a espera no ponto de ônibus durante a madrugada foi prazerosa para a nova geração de Atleticanos. Os mais velhos lamentando a derrota na final e as crianças perguntando quando eles voltarão ao Independência.
Que o Atlético não espere a próxima final das categorias de base para proporcionar momentos assim à torcida que esteve na arquibancada neste sábado. Precisamos de um estádio maior, do tamanho da nossa paixão, precisamos pensar no torcedor que gasta milhares de reais na empresa e naquele que apertou o orçamento da casa para comprar um pacote de alimento e garantiu o sorriso da família no sábado.
Pedimos aos dirigentes que pensem em parcerias entre o clube e escolas nos setores com baixa procura de ingressos durante a semana, preços acessíveis e ações que aproximem o Atlético e a Massa que vive por ele. Desde 1908, esse é o time do povo!
ABRAÇO, MASSA!