Diário de um torcedor – É preciso valorizar o passado

Por:
12/04/2012 - 04:45

fotocamisadoze1 - Diário de um torcedor – É preciso valorizar o passado

Nos dias atuais, é comum encontrar pessoas que mostram total desinteresse pelo passado, ou que fazem pouco caso do mesmo. Isso é perfeitamente visto em nossos principais rivais ao colocarmos em discussão o 9 a 2, de 1927.

Esse saudosismo (valorizar, viver do passado) é absolutamente imprescindível hoje no mundo do futebol. Era antigamente que o futebol era jogado com amor à camisa e era praticado com classe pelos atletas.  Não há como não ser saudosista.

Hoje em dia, infelizmente, o dinheiro (algumas vezes chamado de “profissionalismo”) ultrapassou o sentimento à instituição, ultrapassou o amor à camisa. Por muitas vezes, jogadores deixam um ambiente perfeito para a prática de seu futebol, onde se tem apoio incondicional da torcida, para jogar em países escondidos no leste europeu e até na Ásia. O que leva esses jogadores a abandonarem um local perfeito de trabalho?
A resposta é muito simples: o dinheiro.

Décadas atrás, víamos esse amor de verdade nos clubes de futebol. No Galo, tínhamos Kafunga, Mário de Castro, Jairo, Said, Guará, Lucas Miranda, Ubaldo, Resende, Nicola, João Leite, Paulo Roberto Prestes, Grapete, Zé do Monte e Reinaldo citando apenas alguns que passaram mais de dez anos no alvinegro.

Ainda temos aqueles que ficaram menos tempo, mas que quando em campo, se doavam ao máximo pelo Atlético, mostrando verdadeira paixão em jogar pelo Galo. Dario, Marques, Murilo Silva, Toninho Cerezo, Éder Aleixo, Vavá, Lôla, Oldair, Chicão e Euller, são apenas alguns poucos nomes dessa lista.

Os jogadores de antes sentiam um sentimento verdadeiro pelo futebol, pelo clube que defendiam. Vibravam e choravam por vitórias e derrotas. Hoje, vemos também choros quando derrotados. Mas choro por perderem o bicho, por perderem a premiação da partida.

Parte da culpa se deve aos dirigentes, que por vezes, também por culpa do dinheiro, se desfazem dos ídolos da torcida para fazer caixa. No Atlético, vimos até um treinador com passagem medíocre por aqui, aposentar o maior ídolo de toda uma geração.

Vamos repensar nessa importância do passado, pois é por culpa dele que torcemos, amamos e apoiamos o Galo.

Lucas Alves
Galo Digital