Diário do Torcedor – Pós-jogo de 27 de novembro de 1927

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23/05/2012 - 00:05

fotocamisadoze1 -  Diário do Torcedor - Pós-jogo de 27 de novembro de 1927Após o apito final do juiz no jogo em que o Atlético bateu o palestra por 9 a 2, foi realizada uma grande festa ainda dentro do gramado. Os jogadores eram carregados pela Torcida Alvinegra que gritava alto o nome dos onze responsáveis pelo grande resultado. Os mais festejados eram os componentes do chamado e temido “Trio Maldito”. Jairo, Said e Mário de Castro eram jogadores que, segundo a torcida, representavam muito bem o espírito aguerrido do time Atleticano, que passava por cima de seus adversários sem qualquer cerimônia.

Após a comemoração, ainda dentro do estádio do América, alguns jogadores do time Alvinegro foram comemorar nas ruas de Belo Horizonte junto com a torcida. A cidade havia parado para ver a festa Atleticana e comemorar junto com ela, afinal, a maior parte dos habitantes da capital eram torcedores Alvinegros.

Um jornalista contratado do Correio Mineiro acompanhou a festa e fez todo o relato sobre a comemoração Atleticana. Mário de Castro, como sempre, aproveitou a cerveja liberada para os jogadores como poucos sabiam fazer.

Estava marcado um jantar às 19:00 no restaurante Guarany. Alguns jogadores foram direto para o restaurante, outros, passaram em casa para tomar um banho e mudarem as vestimentas.

2215790354 50f4bb44fc 287x300 -  Diário do Torcedor - Pós-jogo de 27 de novembro de 1927Já no restaurante Guarany, o presidente Atleticano, Leandro Castilho, fez um discurso em agradecimento aos jogadores campeões e garantiu grandes mudanças para que o Atlético pudesse bater de frente com os grandes times paulistas e cariocas, que eram considerados a nata do futebol brasileiro. Em pouco tempo, o Atlético teria pronto Estádio Antônio Carlos, que seria o pioneiro em iluminação para jogos noturnos.

Os jogadores eram festejados por todos os presentes no jantar, com Mário de Castro sendo a principal estrela por sua genialidade e incrível capacidade de colocar a bola dentro do gol. Alguns jornalistas mineiros já se preocupavam em fazer o nome de Mário de Castro crescer para que o goleador pudesse representar o estado de Minas Gerais na Seleção Brasileira de Futebol, que era formada apenas por jogadores paulistas e cariocas.

A maior preocupação dos Atleticanos, no entanto, era de aproveitar ao máximo o jantar oferecido ao campeões, que passaram a ter um papel de destaque na história Atleticana pela goleada por 9 a 2 sobre nossos maiores rivais.

Imagem: Internet

Lucas Alves

@lucasalves32

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