Ele errou, nós erramos, mas não erraremos mais

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08/04/2013 - 01:53

Colunistas Fael Lima2 - Ele errou, nós erramos, mas não erraremos mais

Queria falar hoje sobre mais uma tarde gostosa no Independência. Vitória do Atlético, boas risadas com os amigos, festa na arquibancada e mais três pontos na tabela. São dezesseis gols nos últimos quatro jogos.

Porém, deixo de falar sobre todo o lado positivo para chamar a atenção da torcida para uma situação que pode alterar nosso caminho na reta final da Libertadores. Hoje, após errar em alguns lances, Marcos Rocha revidou as poucas vaias que recebia de torcedores. Não foi difícil fazer a leitura labial e quem não vaiava passou a vaiar após a atitude do jogador.

O erro do lateral foi não ignorar o que ouvia da arquibancada. Precisa aprender a conviver com as críticas, pois passará por isso em qualquer clube do mundo. Quando o juiz encerrou o primeiro tempo, Cuca foi até Marcos Rocha e ele ignorou o técnico, fez cara feia e acelerou o passo para o vestiário. Não reconheceu que errou em lances simples, não reconhece que vem jogando abaixo do resto do elenco. Em 2012, após um bate-boca com um torcedor, chegou a pedir desculpas, mas não aprendeu a lição.

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Foto: Daniel Teobaldo

O erro da torcida é ser inconstante. Marcos Rocha era um poço de elogios até o fim da temporada passada, mas faz parte do grupo de jogadores que não pode errar. Para citar outros exemplos, Richarlyson não foi vaiado, pois vem jogando bem – logo que errar, a torcida está preparada para vaiá-lo, sobrando também para o técnico Cuca que o escalou no lugar de Júnior César. Se Jô não balançar as redes todos os jogos, será vaiado pelos gols que perdeu em 2012. Guilherme entrou bem mais uma vez, para a tristeza de muitos que no fundo torcem por um erro de um ex-jogador do rival azul.

A Massa quer um time unido, fechado, promete estar com eles diante de qualquer batalha, mas não demonstra isso durante os jogos. Não falo de todos os presentes no Independência, pois sabemos que a maioria quer apoiar, mesmo disputando território com a turma da corneta. Por isso convoco a torcida para uma missão anti-corneta. Se alguém vaiar qualquer jogador do Atlético, independente do placar, grite mais alto para incentivá-lo. O caldeirão que criamos no Independência tem o intuito de fritar somente os rivais.

Marcos Rocha errou. Tinha que ouvir calado. Sei que existem muitas frases para justificar as vaias, mas deixe para expressar sua insatisfação quando mais um adversário estiver morto no Horto. Deixe que o técnico converse com o jogador, deixe que a diretoria decida sobre puni-lo ou não pela atitude, a nós cabe a função de fazer a perna do adversário tremer em campo. É uma boa pessoa fora do futebol e como atleta fará bem aos cofres do clube em breve.

Todo cuidado é pouco para os próximos dias. Temos um país e um continente contra o Atlético, chegou a hora de confiarmos em nossos jogadores e arrebentar o gogó no estádio somente para cantar “VAI PRA CIMA DELES, GALO”.

Fael Lima

ABRAÇO NAÇÃO!

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Foto: Daniel Teobaldo