Era Sampaoli: 5 fatos até o primeiro título
Por: Camisa Doze
01/09/2020 - 22:47
O Sampaolismo foi instaurado na cidade do Galo. São 9 vitórias, 2 derrotas, 1 empate e um título. Se considerarmos um recorte dos 10 primeiros jogos no banco de reservas do Atlético, Sampaoli tem aproveitamento superior em comparação com os últimos sete ex-comandantes do Galo. Só esbarra em Roger Machado, seu único "vencedor" entre os treinadores alvinegros na década (2011-2020), em termos de aproveitamento das 10 primeiras partidas.
O argentino foi anunciado no dia 1º de março e, apesar da paralisação em função da pandemia, teve dias agitados dentro e fora das quatro linhas. Em mais de 180 dias de Galo, abaixo estão cinco fatos que já podemos observar de Sampaoli.
1. ¡AMOR PELO BÁLON!
Jorgito é adepto da posse de bola. Novidade? Pra ninguém. No Campeonato Mineiro tivemos mais posse de bola em todas as partidas sobre o comando do argentino. No Brasileiro, apesar das duas derrotas (Internacional e Botafogo), só tivemos menos posse que o Flamengo, no Rio. Perdemos para o Inter, em Porto Alegre, e mesmo assim tomamos conta das principais ações do jogo. Com 67% de posse de bola, o Galo chutou 11 vezes, contra 6 do Colorado. E antes, contra o Botafogo, no Engenhão, foram 31 (!!!) finalizações contra 10 dos cariocas e os incríveis 74% de posse de bola. Não conseguimos os 3 pontos, mas jogamos como Galo. Como Galo Doido! Se vamos conquistar o Brasileirão esse ano, é outra história... mas tenho a tranquilidade de saber que estamos no caminho certo.
2. ACABOU A COLÔNIA DE FÉRIAS
Já são 15 contratos rescindidos. E mais alguns atletas afastados... Sampaoli sabe muito bem com quem quer contar. E quem não se encaixa no perfil do treinador, pode pegar o boné e seguir o seu caminho. Dos 15, alguns nomes de destaque: Patric, Maicon Bolt, Di Santo e Ricardo Oliveira. No caso dos afastados, temos: Cazares, Zé Welisson, Lucas Hernandez e Martinez. Alguns estão fora dos planos, exclusivamente por opção técnica de Sampaoli, outros, por comportamento. Mas não precisamos citar nomes, né? Enfim, confira o destino e quem são 15 atletas que rescindiram com o Galo em 2020: Leonan (Avaí), Danilo Barcelos (Botafogo/Fluminense), Vinicius (Ceará), Maicon Bolt (livre), Hyuri (Atlético-GO), Alex Silva (Operário), Patric (Sport), Hulk (Porto B), Lucas Cândido (livre), Clayton (livre), Élder Santana (livre), Franco Di Santo (San Lorenzo), Dodô (Khor Fakkan), Ricardo Oliveira (livre) e Mansur (livre).
3. RAFAEL, ALONSO, ARANA E MAIS 8
Os dois primeiros foram titulares em todos os jogos do Galo desde que o “Sampaolismo” foi aplicado. Guilherme Arana, por suspensão, ficou fora de apenas um jogo e, começou no banco em outro. E mesmo assim, entrou em campo durante a partida. Por mais que goste de rodízio de atletas, isso é um exemplo claro de que Jorge Sampaoli tem os seus homens de confiança. Mais cedo ou mais tarde, um deles será banco, mas, enquanto puder, Sampaoli irá utilizá-los o máximo possível. Quem mais pode ser presença garantida entre os onze? Sasha, Nathan, Marrony, Keno... isso só o tempo dirá.
4. CENTROAVANTE DE REFERÊNCIA
Não importa quem vai ser, mas sempre terá o “nove” ali na frente. Antes da chegada do Sasha, Marrony era o nome da vez que fazia função. Não decepcionou, mas não chegou a ser unanimidade entre os torcedores. Nathan chegou a fazer a função de “falso 9”, uma vez como titular e outras durante a partida. Com o Sasha, fica claro que Sampaoli deseja contar com um jogador para essa função. E a gente agradece, né? Somos o time de Reinaldo, Dadá, Mário de Castro, Guilherme e Jô. A Massa gosta de quem tem intimidade com as redes.
5. FEZ 1, FAZ 2, 3 E SE DEIXAR FAZ 4 E 5
Os 4 a 0 contra o Patrocinense e a virada de 3 a 2 em cima do Corinthians, mostram bem esse lado do time de Sampaoli. Uma das coisas que temos observado no Atlético, são os chamados “últimos passes” que não estão perfeitos. Com isso, a bola não chega nos atletas que estão melhores posicionados ou então, quando chegam, não estão nas melhores condições de chute. Isso explica o alto número de finalizações que não viraram gols, como citei acima o exemplo dos jogos conta o Inter e Botafogo. Mas não podemos negar, falta de vontade de fazer gol não é. Nos jogos que vencemos, com exceção do Flamengo, no Maracanã, não paramos de atacar. Mesmo vencendo, não existiu aquele toquinho de lado para fazer o tempo passar. E isso é o Galo. O Atleticano gosta disso. Nos faz lembrar os gloriosos e recente times de Cuca e Levir Culpi.