Erros defensivos e ineficácia no ataque marcam a derrota alvinegra para o Flamengo

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25/09/2018 - 12:34

Em partida disputada no último domingo (23), o Atlético foi derrotado pelo Flamengo por 2 a 1, na 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O @OlhoNoGalo produziu uma análise das falhas atleticanas no revés para o rival carioca.

Mudanças de Larghi não dão certo e Galo tem primeiro tempo problemático

Para enfrentar o Flamengo, adversário direto pelas primeiras colocações, Larghi apostou na escalação que testou durante a semana de treinos. Zé Welison e Tomás Andrade entraram nas vagas de Adilson e Cazares, respectivamente. Com Tomás aberto pela direita e Luan centralizado, a ideia era reforçar a marcação pelo meio, diante de um time que infiltra muito por essa faixa do campo, principalmente com Lucas Paquetá e William Arão.

No primeiro minuto da partida ficou clara a ineficácia da nova escalação do time. O lado direito da defesa não tinha o mesmo poder de marcação e não produzia ofensivamente. Em uma jogada explorando o setor mais problemático do Galo, Tomás Andrade ficou perdido na marcação e deixou Trauco livre, com liberdade para driblar Emerson, que tinha saído na cobertura, e achar William Arão livre na área para marcar o primeiro gol da partida.

O lado direito atleticano se mostrava um problema para o time, pois perdia a bola muito rápido no campo ofensivo. Defensivamente, Tomás Andrade e Emerson pecavam. O lateral atleticano não fechava a perna boa do ponta destro flamenguista, Matheus Sávio. Se não estivesse impedido, Henrique Dourado teria marcado o segundo gol rubro negro após um cruzamento vindo do jovem.

Sem Cazares no time, as bolas paradas ficavam a cargo de Luan, que em uma cobrança de escanteio perfeita, encontrou Leonardo Silva para empatar a partida em um momento em que o time não conseguia impor seu jogo e era pior que o mandante. Lucas Paquetá foi muito importante para travar a saída de bola atleticana. O meia apertava o zagueiro que não estava com a bola fechando a opção de passe curto na zaga, e muitos chutões foram dados por conta dessa pressão. Chará conseguia fazer melhor o pivô que Ricardo Oliveira, que vive péssima fase.

Ainda no primeiro tempo, o técnico atleticano percebeu que a estratégia não deu certo na partida e sacou aos 35 minutos o meia argentino para entrada de Cazares.

Galo sofre com o contra-ataque flamenguista e não consegue a recuperação

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Foto: Bruno Cantini (CAM)

O segundo tempo começou bem movimentado. O Galo criava boas ocasiões em transições ofensivas e dava espaços quando subia. Em um contragolpe muito bem criado com Chará, Elias e Cazares, Ricardo Oliveira foi muito mal no lance e armou o contra-ataque do Flamengo. Luan, preocupado com Paquetá, saiu do lado direito em direção ao centro, deixando mais uma vez Trauco com liberdade, e na jogada Paquetá acabou marcando.

Com Cazares abaixo do que vinha produzindo após a frustrada negociação, o Galo pressionava o Flamengo, principalmente na metade final do segundo tempo, quando Barbieri recuou o time, mas tinha dificuldades em criar uma chance clara de gol. Nesses minutos finais, Elias participava da fase de construção do ataque e pouco entrou na área, com Cazares posicionado mais à frente, diferentemente do posicionamento que costumam ocupar. Mesmo com os papéis invertidos e o abafa final, o time não encontrou o espaço que precisava para empatar a partida.

Com a derrota, mais do que nunca ficou claro que não existem mais chances de título para o Galo, mas nada além do que todos nós já sabíamos desde o início do ano. A expectativa para o segundo turno foi criada em cima do belo trabalho que Thiago Larghi fez desde que assumiu. Oscilações são naturais para um time em constante mutação.