O ponto de ônibus estava lotado. A Massa toda aguardando para embarcar nessa viagem rumo ao título. O motorista Dorival virou a esquina e, como sempre, com a expressão séria, mandou a turma subir. Ele bem que tentou esconder a escalação no porta-luvas, mas na bagagem do Daniel Carvalho foi possível ver a camisa titular e o restante dos nomes foram entregues pelo Renan Ribeiro. Guilherme e Neto Berola perderam o ônibus, mas correram tanto que o alcançaram algumas ruas depois. Já estava tão lotado, que não havia lugar para ficar sentado ou em pé, por isso Rever e Leonardo Silva fecharam a porta e não deixaram mais ninguém passar.
A turma lá de trás reclamou que o Dorival não estava olhando pra eles nem pelo retrovisor, mas Dorival fez questão de citar o nome de todos, do Lee ao Obina, para deixar claro que não havia esquecido ninguém. Depois mandou sentar rápido, pois entrava um turco mal-humorado no veículo.
Quem não ouviu foram os meninos Soutto, Bernard e Wendel, que pegaram algumas bandeiras amarradas e passaram pra trás, formando um bandeirão que tampava todo o ônibus. Foi tanto grito de ‘Galo Doido’, que ninguém ouviu o diretor, de voz rouca, anunciando um nome que entraria no próximo ponto.
O ônibus estava cheio demais, então foi preciso parar em alguns bairros para que alguns descessem. Desceu lateral, atacante e se dependesse dos torcedores, teria descido mais gente, mas ali quem mandava era o motorista e o turco. Quando a viagem recomeçou, o Cambalhota olhou pela janela e viu Tardelli acenando de longe, louco pra voltar para alguma daquelas poltronas.
A cada rua, mais três pontos e nem avenidas esburacadas, caminhos escuros ou trechos sem sinalização faziam a Massa parar de cantar. Em certo momento, o Renan Oliveira até reclamou que não dava pra tirar seu cochilo diário. Tanta confusão quase fez o Dorival errar o caminho, mas com as dicas do Leandro, Guilherme Santos, Eron e Patric, ele pegou o cruzamento certo e seguiu viagem.
Do norte ao sul do Brasil, o Galo foi derrubando capitais e atropelando antigos rivais. A cada vitória, o ônibus tremia na volta pra casa, com direito pagode liderado pela dupla Werley e Lima. O Galo 2011 percebeu que a ladeira mais íngreme é também aquela que nos leva ao local mais desejado e para chegar até lá seria preciso um motor potente. Com a voz da Massa, a raça em campo e a união do grupo, um combustível especial foi criado e todos ali dentro só tinham uma certeza - Esse ônibus estava pronto para estacionar no alto do pódio. Acelera pra cima deles Galo!
ABRAÇO NAÇÃO!
Fael Lima
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