Dia importante esse vinte e cinco de março, onde comemoro o aniversário de toda minha família.
Dia do nascimento do meu irmão, companheiro nos sonhos e quem desentendo às vezes, prometendo até mesmo não mais citar seu nome, mesmo sabendo que é a pessoa que estará ao meu lado nos últimos dias da minha vida.
Vinte e cinco de março que me trouxe essa esposa, brilhando acima desse escudo e me dando a certeza da eternidade desse sentimento. Uma aliança amarela que ganhou meu sim num altar imaginário e hoje caminhamos com o ideal de contagiar multidões, de gerações a gerações.
Essa camisa que tem colo de mãe, absorvendo minhas lágrimas e dona desse cordão umbilical ao qual estarei sempre ligado. Camisa mãe, sem defeitos, dona de cheiro único, intocável, insubstituível.
Hino pai, me aconselhando pela vida. Ensinando a viver com muita raça e amor, a vibrar, a ser alegre, mostrando o valor da fidelidade e que não há vitória sem muita luta.
Me orgulho desse sangue alvinegro e me conforta a certeza da imortalidade que carrega esse 25 de março. Minha família carnal seguirá o destino inevitável da vida humana, meus ossos voltarão ao pó, mas amanhã uma criança levantará uma bandeira, gritará “Galo”, e lá estará minha carga genética alvinegra sendo perpetuada.
Galo, meu filho, Atlético amigo, parabéns a você. Queria poder dar-lhe todas essas taças e títulos, mas não tenho esse poder. Tudo que seu pai pode fazer é não lhe abandonar no dia seguinte às tristezas e fazer valer cada minuto de festa quando vencermos, mesmo sendo uma simples partida.
Não acompanhei seu nascimento, mas se fecho os olhos, posso me arrepiar ao ver o Parque Municipal anunciando o início de tudo.
Teu sobrenome será MASSA, sua identidade será o treze, vestirás a camisa doze e para alguns, serás a única família. Portanto não deixe que ações mal intencionadas de homens lhe derrube, pois tua ferida significa minha dor.
Ventre alvinegro, família atleticana, unindo o negro, o branco, o índio; todos com o ideal único de construir o lar perfeito. A lavadeira grita Galo, a madame buzina o carro, o senhor dá um sorriso na calçada e uma criança corre pela calçada cantando o hino, todos confirmando que também são filhos desse 25 de março.
Um dia para representar uma família, um dia para um sentimento, um dia para o século que se foi, um dia para todos os milênios que virão na vida do Clube Atlético Mineiro. Um dia para pais, mães, irmãos e filhos gritarem juntos algo que ecoe em muitos 25 de março: “PARABÉNS GALO!”
ABRAÇO NAÇÃO
