A força do mar versus a força do querer

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15/05/2017 - 12:38

Afobamento, afogamento, onda atrás de onda, luta e incerteza. A força do mar versus a força do querer, o lutar, lutar, lutar, contra as injustiças de um futebol cruel, que muito já atingiu esse sofrido povo. Não era da vontade dos deuses futebolísticos que o sofrido Galo se entregasse, o nado alvinegro jamais desistiria frente a traiçoeiras ondas de um freguês da história recente.

O curioso é vangloriarem de uma vitória escandalosamente injusta, onde um tsunami provocado por um maldito dono do tempo pôde descreditar qualquer merecimento. 1980 não foi uma derrota para o nadador alvinegro, foi apenas mais uma certeza que o Galo é maior do que tudo.

Podemos dizer que no ano de 2013 por diversas vezes o Atleticano se via em meio a um afogamento, do qual era salvo por si mesmo, pela sua entrega, pela sua certeza de que morrer na praia, ou melhor, nos campos, está longe de ser o sonho de sua vida. Se o atleticano lutou tanto em outras circunstâncias, e mesmo ao perder batalhas com influencia externa, de um mar bravo e traiçoeiro, em 2013 conseguiu se reerguer.

2014 chegou com tudo, braçadas largas de 4 por 1 lutaram contra um resultado improvável, uma virada histórica, uma luta gigantesca, uma guerra vencida. Os donos do acreditar nadaram e ousaram a mostrar que se existe o impossível, um bom nadador pode supera-lo.

Ah, 2017 apareceu, clubes de alto escalão, elencos gigantescos, certeza de um ótimo duelo. O mar começou calmo, mas logo abriu o placar, mas um bom nadador sabe impor sua presença e sabe que frente ao perigo, só sai da circunstancia quem ousa a querer e acreditar.

O empate veio, e a vitória era algo a ser considerado, porém pra esse nadador nada pode ser fácil demais. Um empate contra um mar complicado, um mar bravo, um mar que disputará até as rodadas finais com esse guerreiro nadador. O sonho do nadador atleticano pode ser uma realidade, basta que este nade com fé, coragem e sabedoria por mais 37 rodadas.

Alô, mares do Brasil, não importa o quanto tentem, não vamos morrer na praia, a MASSA é o maior salva-vidas que o GALO pode ter.

Foto: Thomas Santos